No dia 20 de dezembro do ano passado, o governador do Rio, Wilson Witzel, anunciou a construção de um novo modelo de presídio, o Conjunto Penal Vertical (CPV). Witzel garantiu na ocasião que serão construídas cinco unidades em todo o Estado, sendo uma em Volta Redonda. Os presídios irão disponibilizar cinco mil vagas. Nesta segunda-feira, 27, o assunto voltou ser notícia. O secretário Estadual de Administração Penitenciária, coronel Alexandre Azevedo, confirmou que a Cidade do Aço vai receber uma unidade.
O presidente da Câmara de Vereadores de Volta Redonda, o Neném (PSB), reagiu. Destacou que a construção ou não de um presídio no município deve ser discutida com toda a sociedade. Lembrou que as péssimas condições da segurança pública na cidade não deixam dúvidas de que essa não é uma decisão para ser tomada em um gabinete, anunciada em um jornal da capital.
VOLTA REDONDA JÁ DEU SUA CONTRIBUIÇÃO
Neném lembrou que Volta Redonda já deu sua contribuição para amenizar os problemas da superpopulação carcerária do Estado, com a Casa de Custódia e uma unidade do Degase. “Antes do debate, nada de presídio. Queremos é a redução no número de assassinatos, do número de roubos, de assaltos e de tantos crimes que tornam nosso dia a dia mais inseguro. Temos de saber, por exemplo, a localização, se haverá contrapartida em alguma instância”, destacou o presidente. “Da forma como foi anunciada, sem prévio aviso à nossa sociedade, já me coloco totalmente contra esse novo presídio”, concluiu o parlamentar.
De acordo com o projeto da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, cada conjunto terá seis edifícios de 11 andares, com terraços para banho de sol e celas para, no máximo, seis detentos, com quadras esportivas nos terraços. Os prédios serão erguidos na Zona Oeste do Rio, em Volta Redonda e em outro município, ainda não definido. Os empreendimentos contarão com escolas e postos médicos.
