BARRA MANSA
Uma pesquisa da Federação do comércio de bens, serviços e turismo do estado do Rio (Fecomércio) aponta que segue em alta a confiança dos empresários em relação à melhora em seus negócios nos próximos três meses.
Dados do estudo informam que 80,8% dos empresários esperam que a situação melhore, seguidos de 14,7% que aguardam uma estabilização e 4,4% esperam uma piora. Com o avanço da vacinação no estado, mesmo com o aumento de casos relacionados à variante Ômicron, a expectativa sobre a retomada econômica continua aumentando entre o empresariado. 65,7% dos empresários consideram que, nos últimos três meses, houve uma estabilização ou melhora na situação de seus negócios.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Barra Mansa, Quatis e Rio Claro, Hugo Tavares, também está otimista. “Os índices demostram eu estes setores pontuais fomentam o comércio neste mês de janeiro, com a volta às aulas. Papelarias, padarias, lanchonetes, transportes, cursos, tudo isso aumenta o trânsito de pessoas na cidade. Como não somos uma cidade turística, em janeiro é comum esse movimento diminuir, já que muitas pessoas estão viajando em férias neste período. Mas a circulação volta gradativamente com as aulas e toda a preparação que isso envolve”, avalia. Em relação à demanda pelos serviços das empresas, o índice dos que constataram um aumento apresentou um incremento: de 20,8% (dezembro) para 29,8% (janeiro). O índice dos que tiveram uma estabilização nas demandas permaneceu praticamente igual ao mês anterior: de 33,6% (dezembro) para 34,3% (janeiro). Já o número de empresários que notaram uma diminuição na procura por serviços/bens reduziu de 45,6% (dezembro) para 35,9% (janeiro). Para os próximos três meses, a expectativa de 88,5% do empresariado é que a demanda aumente ou estabilize, contra 11,4% que esperam uma redução na procura por seus produtos.
Quando perguntados sobre os principais fatores que atualmente limitam o seu negócio, 46,8% indicaram as restrições financeiras e outros 37,6% dos empresários apontam a insuficiência de demanda. Além disso, para 17% a falta de mão de obra é um dos principais impeditivos e por fim, a falta de mão de espaço e/ou equipamentos é apontada como obstáculo ao crescimento por 11% dos entrevistados.
Empregos
Em relação ao quadro de funcionários nos últimos três meses, 18,8% afirmam que diminuiu bastante e outros 18,4% dos entrevistados informaram que diminuíram de alguma forma. Além disso, apenas 7,7% disseram que houve algum tipo de aumento das contratações.
Em janeiro, 56,7% afirmam que esperam manter o número de empregados pelos próximos três meses, índice semelhante ao de novembro (58%). O percentual de empresários que devem demitir está em 10,6%. Outros 32,7% de entrevistados devem aumentar de alguma forma seu quadro de funcionários nos próximos meses.
Preço dos fornecedores e estoques
De acordo com os comerciantes, os preços dos fornecedores continuam em patamares altos: 87,3% perceberam algum aumento nos preços. Além disso, para o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), essa percepção no aumento dos preços, por parte dos fornecedores, já pode indicar um reflexo de altas nos custos devido ao valor dos combustíveis e também da energia elétrica.
Em relação ao abastecimento dos estoques, nos últimos três meses 43,1% dos empresários afirmaram que ficou abaixo do planejado, a ponto de fazerem novos pedidos, representando estabilidade na situação presente. Para 44%, a quantidade se manteve em relação ao esperado, e apenas 12,8% ficaram com estoque acima do planejado.
Inadimplência
O índice de inadimplentes ou muito inadimplentes entre as empresas passou de 27,7% (dezembro) para 32,2% (janeiro). Desse total, 53,2% dos entrevistados estão com mais de um tipo de inadimplência. O número de empresários que não ficaram com restrições apresentou queda: de 55,1% para 43,7%. Entre os que ficaram inadimplentes, os gastos são associados a fornecedor (32,5%), aluguel (31%), luz (30,2%), bancos comerciais (26,2%), tributos federais (22,2%), parcelamentos de tributos com pagamento interrompido (20,6%) e Previdência/INSS patronal (18,3%).