BARRA MANSA
Desde segunda-feira, dia 16, aqueles que desejam tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), não precisam mais realizar as cinco aulas obrigatórias no simulador, tendo então que concluir apenas as 20 aulas práticas direção. Para falar sobre esse assunto, o A VOZ DA CIDADE conversou com a diretora de uma autoescola de Barra Mansa, Bruna Vale, de 37 anos, que afirmou que a decisão foi certa, no entanto, as aulas que foram retiradas da grade, deveriam ter sido incluídas nas práticas.
Outra mudança realizada é sobre a exigência de aulas noturnas, que diminui uma hora/aula prática tanto para a categoria A (moto) quanto categoria B (carro). Antes era de 20% sobre o total da carga horária. Outra mudança foi o aumento da validade da CNH que passa a ser de dez anos. Segundo explicou Bruna, quando foi implantada a obrigatoriedade do simulador em 2016, as aulas práticas caíram de 25 para 20, sendo as cinco restantes direcionadas ao simulador. No entanto, com o fim da obrigatoriedade, o número de aulas práticas não retornou para 25. “O simulador não acrescentou muita diferença para o processo de formação. Não deveria ser facultativo, na verdade, deveria ser extinto do processo”, disse.
Ela ainda fala que com o fim dessa obrigatoriedade, é provável que o simulador deixe de ser usado. “Nós pagamos o aluguel da máquina por semana, temos muito gasto com ele, mas vamos manter para ver como será a procura”, disse, já que a pessoa ainda pode escolher usar o simulador.
Para a recém habilitada, Rariane Flôr Vieira, de 39 anos, o simulador não deu uma real noção de direção e ajudou a desenvolver as habilidades na hora das aulas práticas. “Se essas cinco aulas fossem revertidas para o carro, valeria muito mais apena para os alunos, principalmente pra quem não tem experiência”, expôs, afirmando as aulas no simulador gastou um tempo que poderia ser preenchido de formas melhores. “Aquilo é uma máquina, é como jogar vídeo game. Quando você está em um veículo real e com uma pessoa ao seu lado te passando as instruções, você coloca em prática na vida real o que tem que ser feito”, finalizou.