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Data valoriza histórias e personagens das manifestações populares brasileiras

Por Franciele Aleixo
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BARRA MANSA

Saci-Pererê, Mula-sem-cabeça, Curupira, Boto, Boitatá. Brincadeiras como peteca, pipa, bolinha de gude, crenças, parlendas, contos, mitos, lendas, adivinhas.  O que tudo isso tem em comum?! São itens do Folclore brasileiro, alguns esquecidos, outros resgatados.

Não é comum observar que a criança atual brinca mais com aparelhos tecnológicos do que com brinquedos infantis. O comportamento tem gerado preocupação nos educadores, que fazem questão de levantar a bandeira das brincadeiras tradicionais.

Em 22 de agosto de 1965, o Congresso Nacional Brasileiro, oficializou a data à comemoração do folclore. Sendo criado, assim, o Dia do Folclore Nacional; uma forma de valorizar as histórias e personagens do folclore brasileiro.  Desta forma, a cultura popular ganhou mais importância no mundo cultural brasileiro e mais uma forma de ser preservada. A data também é importante, pois possibilita a passagem da cultura folclórica nacional de geração para geração.

Nesta data, nas escolas e centros culturais são realizadas atividades diversas cujo objetivo principal é passar a diante a riqueza cultural de nosso folclore. Os jovens fazem pesquisas, trabalhos e apresentações, destacando os contos folclóricos e seus principais personagens.

O Colégio Estadual Baldomero Barbará realizou nesta quarta-feira a culminância do ‘Projeto Folclore- Bagagens e riquezas, um mergulho em nosso Folclore’ que teve início em maio. De acordo com a coordenadora pedagógica, Valéria Negrão, cerca de 450 alunos do ensino médio coordenados por 17 professores trabalharam o folclore das cinco regiões brasileiras. Ontem, eles apresentaram cantigas de rodas, brincadeiras, lendas, contos, músicas, danças regionais, trava-línguas, parlendas, provérbios e ditados populares. “Através de um trabalho como este os alunos se interessam mais pelo tema, buscam mais informações e interagem mais. Outro fator importante é que a família também acaba sendo envolvida, uma vez que o aluno pergunta aos pais, ou avós sobre aquele determinado tema”, destaca a coordenadora.

Uma das professoras envolvidas na coordenação dos trabalhos, Daniele de Almeida Machado, destaca a importância do evento. “Os alunos do curso normal, aprendem e repassam isso aos futuros alunos, promovendo o resgate cultural, não deixando cair no esquecimento. A escola fica com cara de escola, o ensino é feito de forma lúdica e atrativa, ampliamos o pensamento”, citou, informando que pratos típicos das regiões também foram apresentados.

BRINCADEIRAS


A professora de educação física, Margareth Maria de Almeida, destaca a importância das brincadeiras em relação aos dias de hoje. “Atualmente tanto o jovem, quanto a criança não brincam mais, não tem aquela socialização que nós tínhamos. Brinquedo hoje é eletrônico, nada de correr ou outra atividade física, sendo assim, visamos o resgate desses costumes também, além de promover atividades saudáveis para tais alunos”, citou.

A professora de Artes, Cláudia Leal, destaca a aproximação da escola com a família. “Alguns alunos relataram ter a ajuda dos pais para a confecção dos brinquedos, uma avó produziu uma colcha de retalhos, um pai cozinhou o arroz carreteiro esse é o papel da escola, ensinar valores, aproximar os pais da escola. Hoje é o resultado de um trabalho ministrado em sala e nos deu um belo resultado”, destaca.

O Centro Educacional Marcela Araújo (Cema), também em Barra Mansa, realizou o projeto ‘Brincar para Crescer’, nele os alunos do Maternal 1 levaram para casa a tarefa de colocar os pais para brincar. “Foi feito um desafio com os pais, onde eles ajudaram seus filhos a montarem um brinquedo antigo, e que fizessem um depoimento de como a tarefa foi realizada, promovemos o elo entre familia e escola e é essa a bandeira do Cema, o trabalho focado em união e educação através de princípios”, informa a coordenadora Marcela Diniz Araújo.

Marcela destaca que as crianças ficaram encantadas com as brincadeiras propostas por uma recreadora na escola. “Um simples elástico, amarelinha, deixou os alunos com os olhos vidrados, daí percebemos a necessidade do brincar. Toda a sexta-feira fazemos o dia do brinquedo na escola, não é difícil um aluno aparecer com um tablet, daí a gente dá um puxão de orelhas nos pais, isso não é brinquedo. É necessário que a criança brinque de verdade, para desenvolver as áreas cognitivas”, destaca, acrescentando que a outra parte do projeto, desenvolvida com os alunos maiores foi de confeccionar brinquedos antigos, como peteca, telefone sem fio e a apresentar para a turma.

Alunos apresentam trabalhos desenvolvidos// Fábio Guimas

 

COMEMORAÇÃO EM VOLTA REDONDA

Em Volta Redonda a comemoração ao Dia do Folclore foi realizada pela Escola Municipal Lions Club, no bairro Nova Primavera. A atividade envolveu os mais de 140 alunos da pré-escola até o 5º ano. As tradições e manifestações populares foram lembradas pelos alunos, través de canções, danças, cantigas de roda e poemas declamados. Os pais também participaram. “A atividade como intenção a participação de todos e principalmente dos pais e responsáveis. Os alunos levaram para casa como pesquisar o folclore nacional. Logo os pais também se interessaram a se envolver nessa construção”disse a diretora, Elizabeth Rezende.

As lendas, mitos, provérbios, danças e costumes também foram interpretados. Festas populares como Carnaval, Festas Juninas, Cavalhadas e a Festa do Divino foram lembrados pelas apresentações das sete turmas da escola.

Para Gabriela Torres, que foi prestigiar sua sobrinha, as atividades resgataram um pouco da sua infância. “Quando comecei a ver as apresentações fui voltando no tempo. Lembro de também ter feito esse tipo de apresentação cultural quando estudava. Acho importante a família e a escola estarem alinhados com essas manifestações culturais. Tudo que os alunos apresentaram faz parte da nossa história”, contou.

 

 

 

 

 

 

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