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Crise na Ucrânia será debatida em sessão especial do Conselho de Direitos Humanos

Por Andre
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NOVA IORQUE

O Conselho de Direitos Humanos acolhe nesta quinta-feira uma sessão especial sobre a Ucrânia convocada a pedido do governo do país. Sob o tema “A deterioração da situação dos direitos humanos na Ucrânia decorrente da agressão russa”, estará em discussão a situação em Mariupol, uma cidade portuária que sitiada.

A chefe da Missão de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre a Ucrânia confirma 3.381 mortos e 3.680 feridos desde o início dos ataques da Rússia, mas os números podem ser ainda mais altos. A líder dos especialistas, Matilda Bogner, falou a jornalistas, em Genebra, nesta terça-feira.

Insegurança alimentar 

O texto do projeto de resolução cita a “a grande preocupação com o impacto global da crise em milhões de pessoas que enfrentam fome ou insegurança alimentar em várias regiões do mundo”, e cita barreiras às exportações agrícolas da Ucrânia por causa do bloqueio de portos. Há relatos ainda de saque de grãos dos territórios do país sob controle das Forças Armadas russas em regiões como Kherson e Zaporizhzhia.

O texto reitera o pedido de cessação imediata dos confrontos militares, de “quaisquer ataques contra civis e bens civis e outras violações do direito internacional humanitário e de quaisquer violações e abusos dos direitos humanos”.

Rússia

Em relação à Rússia, o texto solicita ao país que nomeie representantes e funcionários para “instituições internacionais de direitos humanos e humanitárias, incluindo agências especializadas das Nações Unidas.”

O documento diz que o acesso às pessoas evacuadas pelos confrontos ou presas deve ser feito “sem impedimentos, oportuno, imediato, irrestrito e seguro”. Isso vale para detidos em território russo ou áreas controladas ou ocupadas pelo país. A Rússia também deve informar quem foi transferido.
Na Moldávia, Guterres agradece solidariedade do país.


Ainda nesta terça-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, encerrou uma visita à Moldávia, onde se encontrou com a presidente Maia Sandu, e visitou um centro de refugiados na capital Chisinau.

Ele agradeceu “a imensa generosidade e solidariedade demonstradas pelo governo e povo da Moldávia” com os refugiados ucranianos.  É o país que mais abriga refugiados tendo em conta o tamanho de sua população. E 95% dos 450 mil ucranianos estão sendo hospedados em casas de voluntários.

Guterres também pediu à comunidade internacional que demonstre verdadeira solidariedade e apoio à República da Moldávia com apoio financeiro.

Centro de refugiados

Falando a jornalistas após sua visita ao centro de refugiados, ele reforçou que a tragédia na Ucrânia demonstra que a guerra é “uma coisa sem sentido”, e que deve acabar.

Ele afirmou que “os moldavos abriram as suas fronteiras, mas também abriram as suas casas e os seus corações com uma enorme generosidade”.

O secretário-geral lembrou que a Moldávia está numa situação difícil. Dos vizinhos que abrigam refugiados, é o único que não pertence à União Europeia e passa por uma crise econômica.

O secretário-geral afirma que a Moldávia precisa de um apoio financeiro, especialmente com o aumento dos preços dos alimentos e da energia.

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