SUL FLUMINENSE
Os funcionários dos Correios estão em greve nacional. A decisão aconteceu após as assembleias dos trabalhadores na noite desta terça-feira, dia 10, em São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins, Maranhão e na maioria dos estados do país. No Rio, a decisão ocorreu na assembleia na Praça de Guerra, na capital, quando os ecetistas deliberaram pela greve geral da categoria a partir das 22 horas.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro (Sintect RJ) alega que a culpa é do governo federal e da direção da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) que não prosseguiram com as negociações pelo Acordo Coletivo de Trabalho, conforme o que o sindicato pleiteava. “A intenção do governo e da direção da ECT é acabar com os benefícios da categoria. Por isso se negam a negociar o Acordo Coletivo. Os trabalhadores dos Correios foram empurrados a uma encruzilhada histórica: ou lutam ou perdem o que conquistaram em anos de batalhas duríssimas! A direção da ECT e o governo querem reduzir radicalmente salários e benefícios para diminuir custos e privatizar os Correios. Infelizmente não restou alternativa. Para manter nosso Acordo Coletivo, repor as perdas aos salários e manter os empregos vamos ter que lutar. E tem que ser todo mundo junto e unido em cada setor e nacionalmente!”, informa o Sintect.
A categoria reivindica reajuste salarial de 3,1% – a estatal ofereceu 0,8% – conforme recuperação do período de inflação dos últimos 12 meses, segundo dados do INPC – Índice Nacional de Preço ao Consumidor. E também protestam contra a proposta de revogação do ACT em clausulas como a que exclui o vale cultura, reduz o adicional de férias de 70% para 33% e a que amplia a mensalidade do convênio médico e que trata da coparticipação em tratamentos em saúde.
Em breve, novas informações serão apuradas sobre o impacto da greve nas agências do Sul Fluminense nesta quarta-feira, dia 11.