PORTO REAL
Um dos mais implacáveis marcadores que Mané Garrincha já teve que enfrentar quando atuava pelo Botafogo, nos confrontos com o Vasco da Gama, o ex-lateral Antônio Evanil da Silva, mais conhecido como Coronel, morreu na madrugada desta quinta-feira, dia 5, no Hospital Municipal São Francisco de Assis, em Porto Real, após ser submetido a um exame de endoscopia. Antônio Evanil da Silva vivia em Quatis com uma sobrinha. Sem aposentadoria, o ex-jogador vascaíno recebia um benefício de R$ 980,00 do governo e mais nada.
Não fosse a ajuda da sobrinha e de seu marido, ele não teria nem mesmo onde morar.
O corpo do ex-lateral Coronel foi velado no hall de entrada da Câmara Municipal de Quatis. Seu sepultamento está previsto para às 9 horas desta sexta-feira, dia 6, no cemitério Municipal de Quatis.
Coronel defendeu o Clube de Regatas Vasco da Gama de 1952 a 64. E, em grande deste tempo em que esteve defendendo as cores da equipe de São Januário, o então lateral vascaíno teve uma missão bastante complicada nas partidas do ‘Clássico da Amizade’, entre Vasco e Botafogo: marcar um dos mais habilidosos ponta-direita do futebol, Mané Garrinha, o ilustre camisa 7 Alvinegro, que foi bicampeão mundial com a Seleção Brasileira nas copas de 1958, na Suécia e em 1962, no Chile. Defendendo as cores da equipe da Colina Histórica, Coronel foi campeão carioca nos anos de 1956 e 1958. Além do Vasco da Gama, ele jogou pelo Náutico, Ferroviária (SP) e Union Madallena (Colômbia), onde encerrou sua carreira no ano de 1971. Atuando pela Seleção Brasileira, o quatiense disputou oito partidas. Sua estreia com a camisa canarinho foi em 1959, no Campeonato Sul-Americano, disputado em Buenos Aires, na Argentina.
O CORONEL VASCAÍNO
O lateral-esquerdo teve sua trajetória marcada na Colina no período de 1955 a 1962. Antônio Evanil da Silva se destacava por ser um jogador de raça e virilidade. Em muitas vezes honrou a camisa cruzmaltina em combates pessoais em seu setor. Garrincha, por exemplo, foi um dos craques que Coronel teve que neutralizar. Em 1956, ao lado do saudoso Pinga, conquistou o Carioca. Após mostrar muita eficiência e bom futebol pelo Gigante da Colina ao longo dos anos, na temporada de 1959, o vascaíno disputou o Campeonato Sul-Americano pela Seleção Brasileira. Coronel ficou marcado, acima de tudo, por evidenciar seu amor ao clube de São Januário, se entregando nas partidas e fazendo questão de sempre expor seu sentimento.