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Comitê de Luta Classista defende trabalhadores e aposentados, em Volta Redonda

Por Idel Pinheiro
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VOLTA REDONDA

Em continuidade à luta a favor dos benefícios dos trabalhadores e aposentados, membros do Comitê de Luta Classista (CLC) participaram nesta semana de duas manifestações. Os atos ocorreram na Praça Sávio Gama, em frente ao Palácio 17 de Julho, no Aterrado, em protesto ao descumprimento das Leis nº 1.931, 3.149 e 3.250, que concede total direito nos tratamentos médicos, pelo Fundo de Assistência Previdenciária dos Servidores do regime estatutário (Faps). Mas que, segundo os manifestantes, não está sendo cumprido.

Os membros do CLC contaram que, atualmente, quando os servidores conseguem uma consulta não é autorizado nenhum tipo de exame. Ressaltaram que a maioria é de servidores com mais de trinta anos de serviços prestados para a cidade e com idades acima de 60 anos. “É um descaso com aqueles que muito contribuíram para nossa população. Os servidores recém-contratados no mesmo regime passam pelas mesmas situações. A Lei nº 1.931 confirma nossos direitos no artigo 216 quando diz que o município assegura assistência médica, dentária, hospitalar e laboratorial ao funcionário e seus dependentes, além de outros serviços”, destacou Geraldo Ribeiro, um dos membros do grupo CLC.

PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA

Ribeiro reitera, ainda, que consta no artigo 217 da lei que fica assegurado aos funcionários ativos, inativos, e a seus dependentes e pensionistas, a prestação de assistência médica, dentária, hospitalar e laboratorial de acordo com as tabelas da associação médica brasileira. “As Leis 3.149 e 3.250 as quais conquistamos com muitas lutas nos governos passados, reafirmam os nossos direitos de que todos os estatutários e seus dependentes têm direito ao Caps, que é o melhor plano de Saúde do Estado do Rio de Janeiro”, destacou, opinando que para uma prefeitura com orçamento anual em torno de R$1 bilhão é inadmissível não ter uma cobertura de saúde para todos os servidores.


Os representantes do CLC informaram que em décadas passadas o Faps era um dos melhores planos de saúde do país, há anos os concursados já entram para trabalhar sem assistência médica. E os mais antigos não conseguem exames básicos, muito menos intervenções cirúrgicas. Lembraram que a luta deles é pela igualdade.

O COMITÊ DE LUTAS CLASSISTA

O Comitê de Luta Classista é um grupo de trabalhadores que surgiu nos servidores públicos, que está aberto a todas as outras categorias, conscientes de que todas as formas de opressão que enfrentamos surgem do sistema capitalista. Decididos a lutar contra este sistema, procuramos fazer de nosso sindicato um instrumento nesta luta, junto com os explorados e oprimidos do mundo inteiro.

 

Segundo Geraldo Ribeiro, depois da queda do “trabalhismo” burguês e do peleguismo herdado da ditadura militar, o “novo sindicalismo” economicista, mantendo-se nos limites aceitáveis do capitalismo, demonstrou sua bancarrota. Disse ainda que os burocratas sindicais tentam disciplinar os trabalhadores para servir à frente popular de colaboração de classes, cuja condição se acentuou ainda mais depois da contrarrevolução capitalista na ex-URSS e no Leste Europeu. Isto ocorreu em Volta Redonda e em escala nacional, por exemplo, na traição à greve dos petroleiros.

Garantiu Geraldo que o CLC não é como as outras correntes sindicais que existem apenas para disputar eleições sindicais. “Procuramos conscientizar permanentemente os trabalhadores, organizá-los e mobilizá-los na luta para realizar o programa classista”, concluiu.

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