Circulação da variante Delta já foi identificada em 12  municípios da região Sul Fluminense

Por Carol Macedo

SUL FLUMINENSE

Na região Sul Fluminense mais duas cidades divulgaram, nessa terça-feira, dia 17, que a variante Delta (B.1 617.2), surgida na Índia, está em circulação. São elas: Quatis e Porto Real. Com mais essas, somam-se 12 cidades na região Sul Fluminense com casos da variante, com um total de 28 pessoas que foram confirmadas com a cepa. São elas: Barra do Piraí (3); Itatiaia (1); Paracambi (4); Paty do Alferes (1); Engenheiro Paulo de Frontin (3); Piraí (5); Porto Real (3); Quatis (1); Resende (1); Rio Claro (1); Valença (3); Volta Redonda (2).

A vigilância genômica do vírus Sars-CoV-2 na cidade do Rio de Janeiro aponta a Delta já é responsável por 56,6% dos casos da doença no município e a Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou que a variante já circula em todo Estado. A SES afirmou ainda que a tendência é isso aumentar e se tornar mais frequente, substituindo a variante Gamma. A informação já tinha sido repassada pelo Governo do Estado durante matéria veiculada pelo A VOZ DA CIDADE no último dia 14.

Em Quatis, até o momento, foi registrado um caso leve. A prefeitura afirmou ainda que tem adotado todas as ações necessárias ao enfrentamento do vírus e reforçou a população para as medidas preventivas por serem cruciais no combate contra o Coronavírus.

Porto Real confirmou que três casos leves da Delta foram identificados, mas que já foram tratados e curados. A prefeitura destacou que o Hospital municipal São Francisco de Assis está preparado para atender as demandas quando for necessário, são seis leitos prontos para receber pacientes de Covid-19 do município. O alerta é para que toda a população reforce as medidas de proteção, como evitar aglomeração, o uso de máscara e também higienização das mãos. Rio Claro que também confirmou a Delta, não passou mais detalhes sobre o caso até a publicação desta reportagem.

Já Volta Redonda que teve dois casos registrados e divulgou no último domingo, destacou que o fato não foi surpreendente, considerando que a Delta já se encontra em transmissão comunitária comprovadamente desde julho, no Rio de Janeiro. Informou ainda que o caso não vem gerando consequências para ocupação de leitos em hospitais do município, que ainda estão com baixa ocupação e sem registro de aumento de demanda.

As prefeituras de Barra do Piraí e Itatiaia, em matéria divulgada no dia 14 pelo jornal, informaram que as pessoas foram acompanhadas pelas Vigilâncias Epidemiológicas e que não evoluíram para casos graves e estão curados.

A Prefeitura de Valença informou sobre o caso da variante Delta na cidade no último sábado. Os três casos já estão curados e não foi necessária internação hospitalar. Em Paracambi a informação foi divulgada nesta terça-feira, e os quatro pacientes também já estão curados. O caso de um paciente de Resende com a variante aconteceu em julho e a prefeitura foi informada recentemente. Ele já está curado.

As Prefeituras de Paulo de Frontin e Paty do Alferes não detalharam os casos registrados.

MAIS TRANSMISSÍVEL

Segundo uma matéria da BBC news, divulgada na última segunda-feira, dia 16, a variante Delta do Coronavírus já está em mais de cem países e continua a se espalhar rapidamente. Espera-se que ela se torne a variante dominante no mundo nos próximos meses. A reportagem destaca ainda que por ser mais contagiosa, ela está causando novos surtos em alguns países, principalmente entre pessoas não vacinadas.  O vírus passou por alterações genéticas que o permitiram ser mais transmissível.

Dados publicados pelo governo britânico indicam que a Delta é entre 40% e 60% mais contagiosa do que a variante Alfa (detectada na Inglaterra) e quase duas vezes mais transmissível do que a cepa original identificada na China. “Uma das transformações que permitiram que ela se propagasse com mais facilidade foi na proteína S, ou spike, a parte com a qual se liga às células humanas”, ressalta a BBC.

A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde de Barra do Piraí, Irinea Sant Anna Rosa, destacou que mesmo pessoas vacinadas com as duas doses correm risco de adquirir essa mutação do vírus. “Todas as vacinas contra a Covid-19, não protegem do vírus, mas impedem o agravamento, diminuindo a hospitalização”, disse, lembrando que pessoas idosas e com comorbidades têm mais risco de agravamentos.

Irinea destacou ainda que a variante torna impossível o alcance da imunidade coletiva contra a Covid-19. “Isso foi informado por um grupo de cientistas responsável pela AstraZeneca. Essa cepa infecta pessoas imunizadas ou não. Por isso temos que nos atentar e seguir com as medidas restritivas, usando máscaras, evitando aglomeração e cuidando da higiene pessoal, porque o risco ainda é alto”, finalizou.

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