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Cadelinha Nina morre aos 18 anos e família se despede com enterro como de ser humano

Por Carol Macedo
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BARRA MANSA

A cada dia mais os pets estão sendo tratados com realmente integrantes da família brasileira. Banhos, consultas com veterinário, roupinhas, camas, brinquedos, e até velório. Pode parecer estranho, mas para muitas pessoas terminar o ciclo de convivência com um animalzinho é um momento também de cuidado. Isso é o que pensa a família de Diogo dos Santos, médico, de 34 anos. Ele e sua mãe se despediram da cadelinha Nina, que viveu 18 anos em virtude de complicações da idade avançada. Ela teve um velório como se fosse de um humano e foi cremada. A família conseguiu a autorização para enterrar as cinzas no jazigo da família no Cemitério Municipal de Barra Mansa, mas optou por guardar também essa lembrança em casa.

O crematório de Nina, da raça Dachshund, aconteceu nesta sexta-feira na cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo, pois a família contratou um serviço de uma empresa especializada só em crematório de animais, pois na região Sul Fluminense não tem. Existe uma filial em Resende onde foi realizada a cerimônia de cremação na última quinta-feira, 18. “O cachorrinho fica em caixão, tem a despedida, como se fosse um sepultamento de pessoa”, contou Diogo, lembrando que finalizaria o ciclo de despedida de Nina com a colocação das cinzas no jazigo da família no cemitério de Barra Mansa. “Tivemos a permissão da administração do cemitério, mas pensando melhor a Nina vai ficar em nossa casa”, contou.


A história de Diogo com Nina é desde a adolescência, quando ele tinha 16 anos, sempre acompanhando os momentos felizes e tristes. E, por toda a história vivida, tem sido muito difícil. “Sou médico, já perdi pacientes, mas esse processo de perda está sendo muito doloroso pra gente porque temos como membro da família, como se fosse uma filha”, destaca, lembrando que viver até 18 anos é bem raro em cachorros. Geralmente, vivem até 13, 14 anos.

Ele conta que sempre procurou cuidar bem e dar todo o acompanhamento para a Nina, por isso, acredita que ela viveu tanto.  Diogo dá um recado para quem pensa em adotar um animal. “Muitos abandonam e não cuidam direito. Mais a ideia de ter um animal é se programar para dar qualidade de vida. Os bichos têm que ser cuidados e amados, acima de tudo. Tivemos o início e o fim de nossa história, mas se pudesse fazer mais para a Nina permanecer com a gente eu com certeza faria”, finaliza.

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