BARRA MANSA
Para comemorar a data que marca o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, a Prefeitura de Barra Mansa realizou na quinta-feira, dia 18, o Festival Cidade do Inconsciente. O evento, que aconteceu no Corredor Cultural e no Palácio Barão de Guapy, contou com diversas atividades para os usuários dos Centros de Atenção Psicossocial e a população em geral. Cerca de 400 pessoas compareceram no festival, inclusive representantes de oito municípios do Sul Fluminense que contemplaram a iniciativa pioneira na região.
Durante as comemorações o prefeito Rodrigo Drable, sancionou a Lei 5.056 de 2023, que institui de forma simbólica e representativa o Centro de Convivência Cultural Cidade do Inconsciente para abrigar o Programa de Convivência Assistida e Atenção Psicossocial de Barra Mansa.
O chefe do executivo parabenizou toda a equipe que se dedica para prestar atendimento aos pacientes dos Centros de Atenção Psicossocial. “É muito bom começar o dia com vocês em um evento onde estamos todos muito felizes pelo o que vem sendo feito. Parabenizo toda a equipe. É importante que estejamos imbuídos no espírito de fazer acontecer para que os sonhos se tornem realidade. E essa ideia de nós termos um festival, nessa data especial, é algo maravilhoso. E que isso seja registrado e perpetuado por uma lei. Que essa lei seja replicada e contagie outras cidades e que muito mais gente possa ser beneficiada”, frisou.
O presidente da Fundação Cultura, Marcelo Bravo, foi um dos idealizadores dessa iniciativa e falou sobre como funcionará a lei. “Essa lei reconhece a própria cidade como um lugar de desenvolvimento terapêutico e de atenção à saúde mental por meio de atividades de cultura, arte e esporte. Então Todas as atividades, sejam elas recreativas ou artísticas, estão a serviço para colaborar com os pacientes assistidos pelos programas de saúde mental do município”, disse.
A coordenadora do Caps II, Nairá Antunes, explica que essa é uma iniciativa importante não só para os usuários da rede de saúde mental, mas também para toda população. “Costumo dizer que nosso maior objetivo é que os nossos pacientes frequentem os espaços da cidade de forma independente, que eles tenham autonomia para isso. Ontem, por exemplo, estava almoçando em um restaurante da cidade e vi um dos nossos pacientes comendo sozinho no mesmo lugar. Fiquei muito feliz em ver ele com essa autonomia de poder fazer as coisas do dia a dia sem precisar estar acompanhado e isso só mostra como atividades como essa são importantes para a independência deles”, falou.
Nelson Viana, de 70 anos, é usuário do Caps de Volta Redonda e conta que já espera um evento como esse em sua cidade. “Acho que o Neto vai fazer isso em Volta Redonda porque ele é fã da saúde mental e vou ficar muito feliz se isso acontecer. As pessoas precisam sair do Caps não tem como ficar preso lá dentro”, relatou.