MOSCOU
O governo russo anunciou neste sábado, dia 23, a detenção de 11 indivíduos, incluindo quatro supostos atiradores, suspeitos de envolvimento no ataque que resultou em 115 mortes na região de Moscou.
A operação ocorreu após um atentado ocorrido na noite de sexta-feira, dia 22, na casa de shows Crocus City Hall, considerado o mais grave dos últimos 20 anos na Rússia e reivindicado por um braço do grupo terrorista Estado Islâmico.
Segundo autoridades russas, cerca de cinco homens armados invadiram o local durante os preparativos para um show da banda Picnic.
O chefe do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), em comunicação com o presidente Vladimir Putin, informou que “quatro terroristas” foram detidos, enquanto as autoridades continuam a busca por possíveis cúmplices.
O parlamentar russo Alexander Khinshtein relatou que os suspeitos foram interceptados após uma perseguição na região de Bryansk, a aproximadamente 350 quilômetros do local do ataque. A operação começou quando o motorista de um veículo se recusou a obedecer uma ordem de parada. Khinshtein acrescentou que as buscas continuam em andamento para localizar outros dois suspeitos que conseguiram fugir. Durante a revista do veículo dos detidos, foram encontradas armas e passaportes do Tajiquistão.
O ataque, que iniciou no saguão da casa de shows e posteriormente se estendeu ao auditório, foi descrito por testemunhas como um ataque indiscriminado, com os agressores abrindo fogo contra o público e lançando um coquetel molotov.
Algumas saídas foram trancadas, dificultando a fuga dos presentes, que se viram forçados a procurar abrigo no subsolo até a chegada dos serviços de emergência. Duas explosões foram ouvidas no local, que acabou incendiado.
O presidente Vladimir Putin foi informado do ataque imediatamente e tem sido mantido constantemente atualizado sobre os desenvolvimentos pela equipe governamental.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que “o presidente recebe constantemente informações sobre o que está acontecendo e sobre as medidas tomadas por todos os serviços” e que “o chefe de Estado deu todas as instruções necessárias”.