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Ato pedindo impeachment do presidente Bolsonaro acontece em Volta Redonda

Por Franciele Aleixo
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VOLTA REDONDA

Cerca de mil pessoas compareceram no ato que pediu o impeachment do presidente Jair Bolsonaro organizado por diversos partidos e grupos sociais, em Volta Redonda. O ato teve a concentração na praça Juarez Antunes e seguiu para o bairro Aterrado.

Foram colocadas cruzes em homenagens aos mais de 525 mil mortos e uma grande faixa pedia “Fora Bolsonaro e Mourão”

Várias lideranças politicas estiveram presentes, como a ex-deputada e ex-prefeita de Barra Mansa Inês Pandeló e a professora Juliana Carvalho que foi candidata a prefeita de Volta Redonda nas eleições de 2020.

Grande parte dos manifestantes eram jovens universitários e professores, a advogada Carolina Patitucci, que foi candidata a vereadora pela PT nas últimas eleições falou da importância dos atos:

“O povo precisa mostrar a força que têm, sendo assim não vamos recuar até esse governo cair, não vamos esperar as eleições de 2022, são vidas em risco e não aguentamos mais! Por isso a necessidade de atos contínuos para que os parlamentares sintam a pressão do povo brasileiro e aprovem os mais de 100 pedidos de impeachment protocolados. Agora com a união de partidos políticos de esquerda e direita com o super pedido de impeachment, não se pode mais negar a insatisfação popular. Então mesmo que Bolsonaro caia a nossa luta não vai parar pois Mourão ocupará o seu lugar e sabemos que todos esses são cúmplices do genocídio ocorrido em nosso país.”

A ex-deputada e ex-prefeita Inês Pandeló também ressaltou a importância do povo nas ruas para forçar o congresso a analisar o pedido de impeachment do presidente Bolsonaro.


“No Brasil inteiro milhares de pessoas saíram às ruas para pedir Vacina no Braço, Comida no Prato, Auxílio Emergencial de 600 reais e Fora Bolsonaro. Na Região Barra Mansa, Barra do Piraí, Resende e Volta Redonda realizaram atos com os mesmos objetivos. As manifestações são mais um passo em direção a busca pelo impeachment do atual presidente e há uma tendência de que a cada ato mais pessoas possam se somar a esta luta. A CPI da Covid tem provado que o que os militantes de esquerda já diziam é verdade: milhares vidas poderiam ter sido salvas se Bolsonaro tivesse a atitude correta de comprar vacinas desde o início da pandemia. Considero muito positivas as manifestações e acredito que somente o povo na rua pode levar ao fim desse governo de políticas de morte e de retirada de direitos.”

Os partidos políticos PT, PSOL, PCB, PCdoB e os movimentos sociais VR Abandonada, Cadeira 22 e UJC estiveram unidos no ato, que contou com a presença do presidente do sindicato da construção civil Zeomar.

Um dos organizadores do movimento VR Abandonada, Alexandre Fonseca, ressaltou as manifestações e a importância do super pedido de impeachment, que mostra que os partidos, movimentos sociais e entidades de classe estão atuando em várias frentes .

“Nós protestamos porque vivemos em um país de morte, em um tempo em que ser brasileiro é comorbidade, fator de risco. Protestamos porque não só quem está lá não nos representa, mas também nos mata todos os dias. Protestamos porque mais do que resistir, iremos lutar e que lutar se transformou na única forma de viver. Agora é daqui pra mais, avançando na luta e juntando cada vez mais gente e mais força, todos que estão dispostos a enfrentar o Bolsonaro e tudo que ele e os que estão por trás dele representam. E o impeachment de Bolsonaro e Mourão será só uma das primeiras etapas de um Brasil que não mais aceitará que governem para as elites e sem o povo. Não vamos sair da rua e da luta jamais. O super pedido de impeachment foi uma ação importante dentro da política institucional, pois mostramos que atuaremos por todas as vias e frentes possíveis para que essa política assassina não continue. Essas ações de resistência em Brasília também geram notícias e mantém o debate circulando, o que pode nos ajudar na mobilização.”

O ex-senador e atual vereador no Rio, Lindbergh Farias comentou o ato em Volta Redonda

“Volta Redonda é uma cidade é história, é um dos berços da luta do trabalhador brasileiro, fico muito feliz de ver a cidade, unindo partidos, jovens universitários, professores e trabalhadores metalúrgicos num só objetivo, que é ir as ruas e pedir o impeachment do Bolsonaro. Tenho muito orgulho de Volta Redonda, assim como das cidades ai do Sul Fluminense, Barra Mansa, Resende, Valença e muitas outras cidades registraram atos. Estou junto com a população do Sul Fluminense, estamos juntos nesta luta e é fora bolsonaro,” – finalizou Lindbergh.

Houve registro de panelaço por onde a manifestação passava. No próximo dia 13 de julho esta previsto outro ato no bairro do Retiro em defesa dos povos indígenas e já há movimentação para ato no dia 24 de julho.

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