VOLTA REDONDA
Um novo modelo jurídico será implantado na área da saúde em Volta Redonda, melhorando a eficiência de serviços e resolvendo ainda questão dos vínculos trabalhistas dos profissionais. A Câmara de Volta Redonda aprovou nessa semana o projeto de lei da prefeitura que cria a Fundação Estatal de Atenção Básica e Ambulatorial Especializada (Fesabe) e a Fundação Estatal de Serviços Hospitalares e de Urgência de Volta Redonda (Fehospita). Com esse modelo, será possível a descentralização de serviços executivos da Secretaria de Saúde, e melhorar a prestação de serviços aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), acabando ainda com a contratação por meio de RPA (Recibo de Pagamento Autônomo).
O prefeito Antonio Francisco Neto falou sobre a importância dessa mudança na estrutura da rede de saúde de Volta Redonda. “É um marco para a Saúde de Volta Redonda, que é referência na região. Vai melhorar para os funcionários, já que muitos passarão a contar com todos os direitos trabalhistas, e para o cidadão que precisa do atendimento do SUS. Vamos continuar trabalhando para garantir cada vez mais uma saúde de qualidade para nossa população”, afirmou Neto.
Será a secretaria a orientar a atuação dos dois fundos. A secretária de Saúde, Maria da Conceição Rocha, com a criação das duas fundações, será possível desonerar funções executivas na secretaria, permitindo um maior investimento nas funções de coordenação, supervisão, fiscalização e controle da atuação pública, e também das parcerias e contratações com entidades privadas com ou sem fins lucrativos. Segundo ele, isso aumenta a capacidade de gerir as políticas públicas de saúde no município.
“A proposta para esse novo modelo jurídico foi trabalhada por mais de um ano e se alinha com os princípios e diretrizes do SUS. Essa mudança vai permitir uma atuação mais focalizada, ágil, eficiente, resultando em um melhor atendimento a quem mais precisa, que é o cidadão que procura o SUS”, explicou a secretária municipal de Saúde, Maria da Conceição de Souza Rocha, ressaltando que as duas fundações serão fiscalizadas pelo Poder Executivo Municipal e pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio.
A finalidade da Fesabe é prestar serviços de atenção básica e ambulatorial especializada, já a Fehospita deverá prestar serviços de assistência integral médico-hospitalar, de urgência, ambulatorial de média e alta complexidade e de apoio diagnóstico e terapêutico à população.
Para a criação das fundações, serão investidos R$ 3 milhões, recursos que serão disponibilizados mediante as adequações necessárias no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária Anual. Os demais recursos necessários para o funcionamento da Fesabe e da Fehospita serão provenientes das ações e serviços de saúde a serem prestados ao Poder Público, mediante a celebração de contratos administrativos.
Fim dos RPAs
Acontecerá de forma gradativa a implantação das fundações. Dentre as primeiras providências estão a nomeação das equipes de controle e fiscalização, formando um colegiado de tomada de decisões; a instituição e registro das fundações. A secretária de Saúde ressalta que, com a criação das duas fundações, os profissionais serão contratados em regime celetista, por meio de concurso.“O principal objetivo é solucionar a questão dos vínculos na rede de atenção à saúde, que hoje é tudo por RPA. Com as fundações, a contratação será em regime celetista, que garante melhores salários, direitos trabalhistas, vínculo, estabilidade”, destacou Conceição.