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Após denúncia, Prefeitura de Barra Mansa explica trabalho com medicamentos vencidos

Por Carol Macedo
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BARRA MANSA

Na manhã desta quarta-feira, 8, o vereador Thiago Valério (PPS) usou suas redes sociais para denunciar a existência de medicamentos vencidos na Farmácia Municipal. Mostrou caixas de medicamentos vencidos de 2017 a 2019. Disse que iria ao Ministério Público fazer uma denúncia. Procurados, a prefeitura, através da coordenação da Farmácia Municipal, vinculada a Secretaria de Saúde, se pronunciou e informou que toda a situação é registrada no Ministério da Saúde e está à mostra, de forma transparente, para a população através do site do Poder Público. Foram esclarecidos os locais de onde veem medicamentos vencidos até a espera para serem incinerados da forma correta, já que não podem ser descartados no lixo comum.

A gerente farmacêutica da Farmácia Municipal, Juliana Boechat, explicou desde 2017, quando ingressou no cargo, foi feita uma incineração, relativa aos medicamentos que estavam vencidos do trabalho da gestão anterior. Desde então, os medicamentos tidos como vencidos atualmente não são apenas oriundos da Farmácia Municipal. Do total, que está em uma pequena sala, 20% é da farmácia, o restante de diversos locais, como da Farmácia Popular do governo federal que fechou em julho de 2017; devolvidos por pacientes ou familiares (de pessoas que faleceram ou tiveram o tratamento alterado); da Farmácia do Componente Especializado do Estado, que é de alto custo e funciona anexo à Farmácia Municipal; ou de decisões judiciais, ou seja, pessoas que ganharam o direito a terem o medicamento e não foram lá buscar. Ontem mesmo teve que ser descartado no local um cesto de medicamentos vencidos oriundos de demandas judiciais. Tem ainda os medicamentos que chegam ao local, mesmo na validade, são os que necessitam de um acondicionamento especial, geladeira, por exemplo, e não tem como garantir que a pessoa que fez a devolução o acondicionou de maneira correta, por isso, esses são imediatamente descartados.

“Tudo isso está em um relatório do sistema nacional do Ministério da Saúde, que é um sistema logístico, que registra a entrada do material, saída, nome do paciente, as devoluções e até os medicamentos vencidos. Tudo isso está de forma transparente para a população saber no site da prefeitura. É um sistema nacional que não tem nenhuma interferência em como é feito”, disse a coordenadora da Farmácia Municipal, Fátima Azevedo.

TENTATIVAS ANTES DO DESCARTE

a gerente farmacêutica e a coordenadora da Farmácia Municipal, contaram que antes mesmo da chegada da data da validade, são feitas alternativas para doação ou troca com farmácias da região e do estado. Porém, antes disso, uma avaliação técnica é realizada, verificando o aspecto físico, para saber se o medicamento está correto até mesmo para ser doado.


INCINERAÇÃO

Os medicamentos não podem fazer parte do lixo comum e serem descartados na lixeira das casas. É necessária uma destinação final correta. Por isso, em agosto do ano passado a prefeitura abriu uma licitação para esse fim. O processo ficou pronto em janeiro e nesta semana, segundo a coordenadora da Farmácia Municipal, a empresa vencedora faria o recolhimento. E também não pode ser feito com algumas caixas, tem que ser juntada uma quantidade razoável porque a cidade paga pela ação. “Não podemos autorizar para recolher uma pequena quantidade, porque ao final, o que é incinerado são apenas os medicamentos, a embalagem não. Então para juntar uma bombona, por exemplo, imagina quanto medicamento necessita”, disse Fátima, frisando que esses medicamentos vencidos são guardados em uma sala ao lado dos medicamentos que são entregues para população, chamada de quarentena.

Questionada sobre a falta de medicamentos atualmente na Farmácia Municipal, a farmacêutica responsável, Juliana Boechat, disse que na grade são 135 medicamentos e 85% têm em Barra Mansa. “Os que não temos é porque não apareceu empresa para fornecer na licitação. Por isso estamos até preparando outra licitação”, contou, frisando que duas caixas que estavam na sala de quarentena como medicamentos vencidos são ampolas de água destilada de vidro que tiveram que ser retiradas por determinação nacional do Ministério da Saúde para serem substituídos por ampolas de plástico.

A coordenadora Fátima Azevedo frisou que a Farmácia Municipal está em pleno funcionamento tendo em vista o número de pessoas atendidas por mês. Apenas no mês passado foram 6.858 usuários atendidos, sendo que foram entregues gratuitamente 341,2 mil unidades de medicamentos. Lembrando que cada comprimido é contabilizado como uma unidade.

A Prefeitura de Barra Mansa recebeu no fim do ano passado uma verba carimbada do Ministério da Saúde no valor de R$ 65 mil, para a estruturação da Farmácia Municipal. Essa verba pôde proporcionar ao estabelecimento novos mobiliários, atualização tecnológica e a aquisição de ar-condicionado, sempre viabilizando mais conforto para os usuários durante a espera do atendimento.

Além do recurso, a farmácia irá receber, durante quatro meses, R$ 6 mil para custeio e despesas internas, totalizando R$ 24 mil.

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2 Comentários

Maricelli 8 de maio de 2019, 22:15 - 22:15

Infelizmente a população está sendo cada vez mais prejudicada, cada hora é dado uma explicação, tem medicamento que já tem pra mais de ano que não vem(uso controlado e contínuo). A resposta que é dada aos usuários é que está em falta, esta em licitações, já nem adianta ligar reclamar na ouvidoria. É um total descaso com a população que mais precisa e sem contar a má qualidade de atendimento dos funcionários(muitas das vezes estagiários, sem preparo algum). Esse é o governo de Barra Mansa, falido, mas com muitas desculpas, peneiras para tampar o sol ou melhor olhos e ouvidos.

Mauro 26 de abril de 2020, 15:35 - 15:35

A culpa é do povo q vota nesses governantes

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