O espetáculo poético-musical ‘Vinícius de Moraes…é demais!’ está volta neste mês, em duas apresentações inéditas para comemorar os 104 anos do “poetinha”. André Whately e sua trupe de artistas se apresentam amanhã, no Restaurante Borbulha, situado a Rua Dorival Marcondes Godoi, Espaço Casa, no bairro Montese. Nesta apresentação ele estará acompanhado de Thiago Zaidan, no violão e Cláudia Martins no vocal. Já na sexta-feira, dia 20, o espetáculo acontece na Pizzaria Artezian, a Rua Dr. Armando Fajardo, 10, no bairro Jardim Brasília, quando o cantor carioca Augusto Martins substitui Cláudia no vocal. Ambas apresentações acontecem às 21 horas. Reservas e informações para a apresentação no Borbulha podem ser adquiridas pelos telefones 99832-6782 ou 3355-1427, a partir das 17 horas. No Artezian informações poderão ser obtidas pelo telefone (24)3384-5000.
A singular harmonia entre música, poesia e teatro, num entrosamento que chega à beira da perfeição, pode explicar o sucesso de um espetáculo que se sustenta em cartaz há quase 25 anos.
O show segue divertindo, emocionando e encantando platéias as mais diversas, em cenários dos mais distintos. Restaurantes, bares, teatros, auditórios, escolas, ginásios. Não há espaço que seja estorvo para que esse tal Vinícius desfile sua arte, sua poesia, sua música.
Com uma considerável experiência acumulada nos palcos, o ator, diretor e idealizador do espetáculo, André Whately é o fio condutor do enredo que conta um pouco da vida e a arte do poeta Vinícius de Moraes com seus quatro principais parceiros: Tom Jobim, Baden Powell, Carlos Lyra e Toquinho. Não à toa que Whately equilibra os momentos de profunda emoção com manifestações de descontração e graça sem perder o pulso. Muitos falam que ele tem veia cômica temperada pelo convívio com outro gênio, um ‘tal’ Chico Anísio.
Durante as apresentações, o repertorio foi escolhido a dedo com clássicos da MPB. No show, as canções são realçadas pelo violão de Thiago Zaidan e pelas vozes de Cláudia Martins, que estará no Restaurante Borbulha e Augusto Martins, no Artezian.
Timbres distintos, mas igualmente grandes
Quem for assistir as duas apresentações notará que o espetáculo adquire nuances bem distintas. São sotaques diferentes de um mesmo idioma musical. A interpretação exuberante de Cláudia não se sobrepõe à classe da interpretação modulada de Augusto, temperada por noites cariocas a fio. São interpretações que o grande poeta aplaudiria e ergueria o copo num um brinde à saúde e ao sucesso desses ótimos Martins. O espetáculo não perde nada, com um ou com outro intérprete. São interpretações honestas e dignas de aplausos sinceros.
E além das belas vozes em interpretações impecáveis nunca é demais ouvir o violão apurado e maduro do mestre Zaidan e nem, é claro, se emocionar com os poemas e se divertir com passagens da vida de Vinícius e seus parceiros na pele do versátil e experimentado ator André Whately.