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Alta do dólar atrapalha planejamento das férias em julho

Por Idel Pinheiro
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SUL FLUMINENSE

A cotação do dólar tem tirado o sono dos brasileiros que planejam uma viagem internacional nas férias de julho, o período habitual onde famílias aproveitam o período de recesso das férias escolares para, juntos, usufruir do turismo. O mercado financeiro tem demonstrado desde a primeira quinzena de maio que a alta do dólar, a moeda norte-americana que é referência para a estabilidade das transações comerciais internacionais, pode elevar ainda mais os gastos projetados para o passeio.

Em Resende e Volta Redonda, a cotação do dólar turismo nesta sexta-feira, era de R$ 4,14, e de R$ 4,10, em Barra Mansa, até o fechamento desta reportagem. Na prática, cada US$ 1 custava até R$ 4,14, uma matemática de multiplicação que muitas vezes foge do planejamento do orçamento familiar. “Nossa intenção é viajar nas férias para conhecer Orlando, nos Estados Unidos, talvez chegar ao parque da Disney. Juntei dinheiro desde as férias de 2018 pensando nisso, nem viajamos no natal, carnaval. O dólar tá caro demais, espero que até lá baixe para a casa dos R$ 3,50”, comenta o comerciante de Barra Mansa, Amadeu Nascimento, que programa um passeio aos Estados Unidos com a esposa e as filhas, citando como possível destino a Walt Disney World Resort, em Bay Lake, na Flórida.

O pacote de dois adultos e duas crianças para Orlando, no período entre 1º e 15 de julho, tem valor médio de R$ 4 mil por pessoa. O valor inclui 13 noites em hotel sem café da manhã. Em geral, as operadoras possibilitam o parcelamento da viagem.

 

Orlando conta com um dos destinos mais procurados nas férias: a Disney World – Foto: Divulgação

Para quem aposta em destinos mais próximos, na América do Sul, a chance de utilizar o câmbio do real para moedas locais pode render uma economia. “Estou programando uma viagem para a Argentina com a esposa e meu filho. Li sobre a crise por lá e tudo, mas essa variação do dólar me assusta. Apesar de que pesquisei com casas de câmbio da região e pretendo invés de levar dólar viajar com dinheiro brasileiro e fazer o câmbio lá. Em média, R$ 1 equivale a $11,4 (pesos argentinos). Daí, reduz o valor que poderei levar em dólar, como garantia”, comenta o industriário resendense, Alex Martins que tem ainda um plano alternativo nacional. “O meu teto de gastos já subiu duas vezes nesse plano para a Argentina. Mas, se desistirmos, em julho poderemos ir para a região da Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul. Frio e mais perto de casa”, avalia.


Buenos Aires é um dos locais muito procurados para as férias de julho – Foto: Divulgação

DESTINOS NA AMÉRICA LATINA

Além dos destinos nacionais com destaque para cidades do litoral, o itinerário internacional sugere além de Buenos Aires, na Argentina, as cidades de Santiago (CHI) e Punta Del Leste (URU). “Santiago e muito requisitada, assim como os destinos no Uruguai. Toda viagem marca a vida das pessoas, por isso, orientamos sempre que busquem os melhores destinos com pacotes que incluam o máximo de serviços: garantia de lazer, entretenimento e diversão”, comenta a operadora de viagens, Genecilda Juarez.

Para o pacote de férias na capital da Argentina, Buenos Aires, no período de 1º a 15 de julho, uma família com casal e um filho de cinco anos, por exemplo, partindo de aeroporto no Rio, terá o custo médio de R$ 2.154 por pessoa. A maioria das operadoras oferece parcelamento em 10 vezes. Para Punta Del Leste, no Uruguai, nas mesmas condições, o valor individual sai por cerca de R$ 3 mil.

Para Santiago, capital do Chile, o pacote sai na média de R$ 2,8 mil. “Os valores são distintos e as moedas em cada país tem valor perante o dólar e o real. Entendo que a melhor dica se for para os Estados Unidos, por exemplo, que faça o câmbio aqui e viaje com dinheiro em espécie. Para destinos como a Argentina, a dica é comprar peso argentino no Brasil. A cotação é de R$ 1 para $11,40 (pesos argentinos)”, explica o economista Cristian Medeiros.

Santiago, no Chile, é opção de passeio nas férias de julho devido ao charme e beleza – Foto: Divulgação

Segundo o especialista, independente da escolha, a principal orientação é ter planejamento financeiro. “Equilíbrio e sobriedade são fundamentais. Não gastar além da conta e gerar dívidas futuras no cartão de crédito são pegadinhas fáceis de acontecer em viagens internacionais. Portanto, planejamento e bom senso ajuda que uma viagem de férias permita apenas alegrias e não transtorno futuro nas finanças da família”, finaliza Medeiros.

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