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Discussão da escória depositada no bairro Brasilândia retornará para Alerj

Por Carol Macedo
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VOLTA REDONDA

A montanha de escória localizada no bairro Brasilândia produzida pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e que está no pátio da multinacional Harsco, voltará a ser assunto discutido na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O deputado estadual Waldeck Carneiro (PT) esteve na última semana em Volta Redonda para verificar as denúncias de anos da população do entorno e de ambientalistas sobre a preocupação dos resíduos atingirem o Rio Paraíba do Sul.

O deputado informou que nesta quinta-feira, dia 21, vai oficiar o Instituto do Ambiente (Inea) porque deseja saber as providências tomadas para resolver esse problema. “Em seguida, diante das informações, falarei na tribuna da Alerj e pedirei a inspeção no local com presença de deputados. Estamos ali na inércia de um grave dano ambiental. Fiquei impressionado com o que vi. Tinha visto fotos, mas não imaginava. O rio é responsável pelo abastecimento de 12 milhões de pessoas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e do Sul Fluminense (80% da população do Estado). Os resíduos estão a menos de 50 metros de distância do Paraíba do Sul, enquanto a distância mínima regulamentar é de 100 metros. É preciso que providências sejam tomadas”, argumentou o deputado.

No ano passado, em julho, integrantes da Alerj estiveram no pátio da Harsco para vistoriar a montanha de 20 metros de altura. O tamanho informado por eles e por denunciados nunca teve posicionamento oficial da CSN ou do Inea a respeito. O material depositado é de resíduos oriundos do processo de fabricação do aço na CSN.


Em nota, a CSN informou que já foram destinadas cerca de 200 mil toneladas de agregado siderúrgico nos últimos cinco meses e que segue empenhada e comprometida em buscar alternativas factíveis para a questão. “O agregado siderúrgico, coproduto gerado no processo de refino do aço, comercializado pela empresa Harsco Metals, é usualmente destinado para diversas aplicações, em especial a pavimentação e a terraplanagem. Estas aplicações, mundialmente consagradas, representam ganho ambiental vez que tem-se a redução de uso de recursos naturais não-renováveis, como os provenientes de mineração de rochas, areias e outros materiais primários”, diz a nota, completando que o material, segundo laudos, não é perigoso e é classificado como Classe II A.

EM QUATIS

Waldeck Carneiro esteve também em Quatis, conversando com o prefeito Bruno de Souza (MDB) a respeito dos resíduos do Cimento Tupi. Ele explicou que a prefeitura tem dificuldade em deflagrar um processo mais intenso de desenvolvimento ao usar o saibro extraído pela cimenteira, que também tem uma barragem considerada de alto dano potencial associado (DPA). Segundo o deputado, há um entendimento de autoridades ambientais de que o saibro é uma coisa reservada para a empresa, mas por outro lado, pode ser muito útil na pavimentação de estradas vicinais. “Fiquei de estabelecer uma agenda entre o Inea e a prefeitura, para ver se conseguem construir uma solução, que possa ser ambientalmente sustentável, para que Quatis explore também esse potencial. Seria o uso do saibro da parte que a Cimento Tupi não utiliza”, explicou.

 

 

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