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Currículo desatualizado reduz chance de contratações de candidatos em seletivas

Por Idel Pinheiro
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SUL FLUMINENSE

A falta de atualização de currículos, informações confusas e até mesmo falta de dados essenciais como e-mail e telefone atrapalham o trabalho de recrutadores. Diante do cenário nacional de 24,6% de taxa de subutilização da força de trabalho, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) profissionais do setor de Recursos Humanos tem prestado dicas para que o trabalhador tenha atenção com o currículo, seu cartão de visitas às novas empresas e oportunidades de emprego.

Segundo o IBGE, o Brasil contabilizou 4,8 milhões de pessoas que deixaram de procurar emprego no período entre abril e junho deste ano, pessoas que não apresentam nenhum motivo físico ou psicológico para não trabalhar, apenas cansaram de ouvir negativas após as entrevistas ou de nem serem chamadas para os processos seletivos. Uma das razões pode estar no currículo mal elaborado.

De acordo com a consultora de Recursos Humanos da Luandre, Francisca Silva, os recrutadores encontram dificuldade para achar candidatos, pois eles não preenchem o currículo corretamente. “Chegamos a descartar 80% dos currículos para cada processo seletivo que aparece, não porque as exigências são muitas, e sim porque muitas vezes não temos os dados necessários para analisar o perfil. Há casos em que a pessoa não deixa nem e-mail, nem telefone, ou não atualiza, em caso de mudança de número”, frisa.

A universitária Rafaela Almeida, de Itatiaia, já perdeu uma chance de contratação porque o telefone no currículo era de um celular antigo. “Imprimi vários currículos e deixei com alguns amigos para ajudar a distribuir. Não me atentei que o telefone celular era o antigo, acabei sabendo depois por outra amiga de um RH que estavam tentando me chamar para entrevista e não fui localizada. Aconteceu uma vez e agora sempre analiso e atualizo tudo no computador, frequentemente”, conta a jovem que perdeu a chance de trabalhar no setor da indústria automotiva.


Segundo a consultora, existe casos ainda de desempregados que se candidatam a cargos para os quais não possuem nenhuma experiência ou formação. “Ele acredita que consegue efetuar aquela função, mas na grande maioria das vezes sua experiência profissional e acadêmica está muito longe do exigido pelo cliente”, observa.

Situação semelhante ocorreu com o jovem Wellington Américo, 21, que indicou falar outro idioma para ‘encher’ o currículo. Porém, no momento da seletiva o recrutador elaborou diálogo no idioma citado e o candidato nada respondia. “Fiquei em silêncio inicialmente, ele conversou comigo em inglês e achei que não fosse ocorrer. Me arrependi de mentir, nem inglês eu falo, mas coloquei no currículo pra tentar entrar na vaga de um hotel”, conta o morador de Barra Mansa.

ORIENTAÇÃO

Perante as dificuldades nos currículos, os especialistas ressaltam como dicas para uma seleção efetiva não mentir sobre formação ou dominar idiomas, manter os dados pessoais e de contatos sempre atualizados, assim como as experiências e funções ou atividades que desenvolve; não ter preguiça de detalhar sua formação e experiência e acima de tudo ser objetivo sobre o interesse na vaga. “Caso seja chamado para uma entrevista é melhor ser claro sobre o interesse e, principalmente, mostrar como você poderá desempenhar bem a função exigida”, finaliza Francisca.

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