VOLTA REDONDA
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou recentemente o regime de urgência para o Projeto de Lei Complementar 137/15, que regulamenta a criação de novos municípios no Brasil. Para ser aprovado, um texto dessa natureza precisa do apoio de 257 deputados. O pré-candidato a deputado federal pelo Partido Democrata Cristão (PDC), Carlos Conrado, que defende a redução da quantidade de políticos na capital brasileira, cortando pela metade as vagas de deputados federais, é contra essa iniciativa.
O pré-candidato lembrou que, atualmente existem 513 deputados federais, sendo 46 representantes do Estado do Rio de Janeiro. Para Conrado, já é um número alto e com a criação de 400 novos municípios, vai ampliar muito mais. “Mais uma vez o que ocorre em Brasília é para indignar a população brasileira. Essa farra significa a criação de mais 400 cargos de prefeitos, 400 de vice-prefeitos, quatro mil secretários municipais e quatro mil vereadores. É um absurdo. E quem vai pagar essa conta”, questionou o pré-candidato, já respondendo que a conta será paga pelo trabalhador que produz e paga impostos.
Para Carlos Conrado, o rombo no orçamento federal dos novos municípios seria de R$ 8 bilhões por ano. Relatou ainda que, a grande maioria dos municípios a ser criado não terá autonomia financeira e dependeria da criação de novos impostos para se sustentarem. Disse também que a aprovação da urgência, no entanto, teve grande apoio dos parlamentares.
“A urgência do projeto tem clara intenção de privilegiar as eleições do ano que vem. É um grande acordo político com prováveis candidatos desses novos municípios. Vão tirar dinheiro da educação, um desperdício do dinheiro público”, declarou Conrado.
Para o pré-candidato, a criação de novos municípios interessa a muita gente no mundo político. Ressalto que basta ver que existe uma Associação Nacional de Apoio à Criação de Novos Municípios, como se esta atividade fosse de grande interesse público. “A entidade diz ter o apoio de 350 deputados federais de diferentes partidos. O que precisamos mesmo é diminuir a burocracia, menos deputados, menos senadores, menos vereadores e de mais professores, mais médicos nos hospitais e mais policiais nas ruas”, finalizou Conrado.