Padrasto é preso suspeito de estuprar enteado de dois anos e tentar encobrir crime afogando a criança

Por Carol Macedo

PATY DE ALFERES

Um jovem, de 19 anos, foi preso na noite deste sábado, dia 26, acusado de estuprar o próprio enteado de 2 anos, em Paty de Alferes. O caso foi registrado pelo delegado titular da 88ª DP, Antonio Furtado, responsável pelo plantão de área durante o fim de semana. Furtado disse que o padrasto tentou encobrir o estupro afogando o menino durante o banho. A vítima chegou a ser levada ao Hospital Municipal Luiz Gonzaga, no bairro Conceição, em Miguel Pereira, mas acabou não resistindo e morrendo na madrugada de hoje, dia 27. O corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal), em Volta Redonda. Furtado foi pessoalmente neste domingo à 96ª DP, em Miguel Pereira, unidade que investigará o caso, para colher depoimentos e provas que possam elucidar o ocorrido.
CRIME COMETIDO NA RESIDÊNCIA DA FAMÍLIA
De acordo com as informações, o acusado teria cometido o crime na residência da família, no bairro Granja Califórnia. A mãe da criança, de 21 anos, não estava no local no momento do fato, pois havia saído para trabalhar num quiosque em Miguel Pereira.
Por volta de 14h40min de ontem, o suspeito levou o enteado desmaiado à casa de um vizinho. A criança estava nua, molhada e envolta apenas em uma toalha. Inicialmente, o padrasto alegou que a criança teria se sujado durante o almoço e colocada para tomar banho sozinha. Quando foi ao banheiro minutos depois, viu o menino engasgado e se debatendo no chão do box. O vizinho chegou a chamar uma moradora próxima, técnica em enfermagem, para prestar os primeiros socorros à criança, que apresentava sangramento anal.
No hospital, os médicos a diagnosticaram com uma ruptura no intestino reto. Na unidade, chegou a ser submetida à cirurgia, mas após seguidas paradas respiratórias e tentativas de reanimação, acabou não resistindo.
SUSPEITO FOI VISTO NO BANHEIRO COM A CRIANÇA
Furtado contou que uma testemunha alegou ter visto o padrasto no banheiro com a criança. De acordo com o relato, na boca da vítima havia uma mangueira com a água aberta. Segundo a testemunha, a barriga da criança parecia um “balão”. Para o delegado, o padrasto buscou disfarçar o abuso sexual produzindo um afogamento. Ele acrescentou que aguarda o resultado do laudo de necropsia que apontará a real causa da morte.
O delegado explicou que, neste momento, o preso foi indiciado por estupro de vulnerável com resultado morte, cuja pena máxima é de 30 anos de prisão. No entanto, caso seja confirmado que a morte ocorreu devido à asfixia por afogamento, o somatorio das penas pode ultrapassarar 40 anos de prisão, devido ao homicídio qualificado praticado contra criança. “Este caso é brutal e intolerável, já que evidencia o lado mais desumano de uma pessoa, capaz de tudo para escapar das consequências do abuso sexual praticado. Uma criança de apenas 2 anos e 7 meses, completamente indefesa e dependente, abusada por quem deveria a proteger e cuidar. A crueldade e a frieza desse crime são inacreditáveis. Estamos investigando cada detalhe minuciosamente para garantir que a justiça seja feita”, concluiu Furtado

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