BARRA MANSA
Quem foi aos postos de combustíveis hoje, foi com a seguinte pergunta na ponta da língua: ‘O preço aumentou?’. É que a Petrobras anunciou para este dia 25 o reajuste de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, aumento de R$ 0,23 por litro de gasolina. Os demais combustíveis não tiveram os preços alterados.
O último reajuste dos preços da gasolina havia sido realizado em dezembro, com redução de 6,1%. No patamar anterior, os preços da gasolina brasileira eram negociados abaixo dos preços do mercado internacional.
Esse é o primeiro aumento de preços no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Mas a direção da companhia, vale lembrar, ainda não foi trocada pelo novo governo e a direção continua a mesma desde o fim do ano passado.
De acordo com nota oficial da estatal, esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, “que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio. Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,42 a cada litro vendido na bomba”, diz a nota da companhia.
Preços nos postos
O valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende não só dos valores cobrados nas refinarias, mas também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores. Os postos têm liberdade para estabelecer os preços cobrados; assim, quando há queda do preço cobrado pela Petrobras, a diferença pode demorar ou nem chegar às bombas.
O frentista Renato Barbosa, diz que o aumento ainda não chegou no posto onde trabalha. “Temos estoque, mas a previsão é que, no mais tardar, na sexta, já esteja com o novo preço. Muitos postos não têm estoque então o preço já foi alterado. Mas durante o período da manhã a primeira pergunta que os clientes fizeram foi se o preço já havia mudado”.
Quem correu para abastecer foi o motorista de aplicativo, Wellington Gouvea. “Sei que quando anunciam assim, alguns lugares ainda demora para reajustar, outros até tem estoque e já sobem os preços. Corri para garantir o preço ainda sem mudança”, diz.