A saída para driblar a inflação sem deixar de consumir proteína de origem animal está na substituição da carne bovina por outros produtos, e uma das estrelas da mesa do brasileiro têm sido os ovos. De acordo com ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), o consumo do ovo vem crescendo, em média, 10% ao ano. Em 2007, o consumo médio era de 120 ovos por pessoa, e em 2022 já chegou a ficar entre 262 unidades/ano. Embora o produto também venha sofrendo reajustes constantes de preço, ainda assim o torna uma opção mais em conta do que a carne de boi.
A nutricionista Marcella Tamiozzo explica que a preocupação ao substituir a carne deve ser a reposição dos nutrientes presentes neste alimento, como proteína, ferro, vitaminas do complexo B, zinco, magnésio entre outros.
– Opções mais baratas como frango, fígado bovino e de frango, coração de frango, ovos e sardinha possuem esses nutrientes e são bons substitutos. Contudo, em se tratando de vitamina B12, a carne vermelha é a maior fonte, sendo esta encontrada em menores quantidades nos outros alimentos de origem animal, destaca a professora do curso de Nutrição da Estácio em Volta Redonda e Resende.
A nutricionista aponta que existem ainda algumas opções de vegetais, ricos em proteínas e outros nutrientes e que, diferentes da carne, são pobres em gordura saturada, como a soja, o grão-de-bico, o tofu, a quinoa, lentilha, ervilha e castanha de caju, contudo afirma que é preciso levar em conta que estes alimentos não possuem a vitamina B12, e o Ferro neles encontrado é de baixa absorção. Além disso, a proteína vegetal não se compara à proteína animal por ser menos biodisponível e possuir menor taxa de cada aminoácido.
– Com o acompanhamento de um profissional de Nutrição, que irá realizar os cálculos nutricionais necessários de acordo com o perfil do paciente, é possível chegar a uma dieta equilibrada levando em conta também o alto preço da carne. Como a quantidade de vitamina B12 é menor nos outros produtos animais, como no ovo e na carne branca, o nutricionista incluirá uma quantidade maior desses alimentos na dieta para que seja possível suprir a necessidade do paciente. Quanto ao ferro, vale o mesmo raciocínio: já que nos vegetais a absorção é menor, incluímos uma quantidade maior para que abso rva a quantidade necessária. E temos uma dica específica que ajuda a aumentar a absorção dele: consumir os alimentos fontes de ferro junto com alimentos fontes de vitamina C, pois essa vitamina ajuda na sua absorção, orienta a professora do curso de Nutrição da Estácio em Volta Redonda e Resende, Marcella Tamiozzo.
Curso de Nutrição na Estácio
Na região Sul Fluminense, o curso de Nutrição é oferecido pela Estácio em Resende e Volta Redonda. Informações sobre o curso podem ser obtidas pelo site www.estacio.br , pelos telefones (24) 99316-7505 (Estácio Resende) e (24) 99321-3131 (Estácio Volta Redonda), ou diretamente nas Unidades. A Estácio Volta Redonda está localizada na Rua 24, nº 236, no bairro Vila Santa Cecília, anexo ao Colégio Batista; e a Estácio Resende fica na Rua Zenaide Vilela, s/nº, no bairro Jardim Brasília.