Sassaricando – Oscar Nora

Por Andre
a voz da cidade


Era 3 de agosto de 1995 – O Corinthians decide jogar sob protesto a segunda partida contra o Palmeiras, mais uma vez programada pela federação paulista para o estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto. A diretoria corintiana temia que se repetissem as cenas de violência do primeiro jogo quando, na saída do estádio, conflito entre a polícia e jogadores corintianos resultou até em contusão no braço do Zé Elias.
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20 de agosto 1995 – Palmeiras e São Paulo se enfrentavam no Pacaembu, decidindo a Supercopa São Paulo de Juniores. Quando o juiz apitou o final da partida, depois de vencer o adversário por dois a um, gol Ouro na prorrogação, o Palmeiras ia comemorar o título. Contudo, começou uma batalha campal entre as torcidas. Saldo: 101 feridos e um torcedor são-paulino, de 16 anos, morto.
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13 de outubro de 2009 – Dois dias antes o Independiente venceu o River Plate por 3 a 2, quebrando um jejum de 13 anos e fazendo o adversário descer ladeira abaixo no campeonato argentino. O time entrou em crise e o plantel em desespero. Não se sabe como, torcedores descobriram os números dos telefones dos jogadores do River que tiveram de suportar por vários dias contundentes mensagens do tipo “sabemos a que hora sua esposa faz compras” ou “sabemos os movimentos de sua família”.
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05 de março de 2022 – Atlas e Querétaro jogaram pelo campeonato mexicano de futebol no estádio La Corregidora e o Atlas venceu o duelo. Quando a partida terminou a briga entre os torcedores começou na arquibancada e continuou dentro de campo com ameaças de morte para os jogadores. Saldo: 26 feridos, torcidas organizadas suspensas e cancelamento de ajuda financeira dos clubes para elas.
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06 de abril de 2022 – Raivosos pela derrota por 2 a 0 para o Always Ready, na estreia do time na Copa Libertadores, alguns torcedores do Corinthians exageraram ameaçando de morte o goleiro Cássio e sua esposa. Ainda bem que a polícia identificou sete deles como prováveis autores da valentia covarde.
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08 de abril de 2022, ontem – Torcedores se aglomeram pela manhã na porta do CT Ninho do Urubu. Quando jogadores chegaram, começaram as hostilidades com xingamentos, tapas e socos nos carros dos atletas. O clima ficou tenso e o policiamento reforçado usou spray de pimenta. Os mais exaltados levantavam, como ameaçadores troféus, caixões decorados com fotos de Willian Arão, Diego Alves e Diego Ribas.
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Até quando e quanto, a violência no futebol continuará subindo os degraus da bestialidade contra torcedores e atletas?
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