As categorias Sub-15 e Sub-17 do Resende FC já estão em plena atividade e disputam o Campeonato Carioca 2021. Entre os pequenos gigantes que defendem a camisa do clube na competição, está o lateral-direito Felipe Ralda, de 14 anos, que tem nacionalidade americana.
Embora muito novo, o atleta já tem muita história para contar. Nascido nos Estados Unidos, Felipe tem como raiz brasileira a mãe, Eliene, natural de Resende. A mistura cultural na vida de Felipe tem outro ingrediente muito precioso para ele. O pai, Fridel, que é natural da Guatemala.
Em meio a essa diversidade cultural, uma paixão conseguiu unir todas as raízes de Felipe: o futebol. Com o pai apaixonado pelo esporte e a mãe natural do país do futebol, ele nasceu nos Estados Unidos, um país em que o esporte está em desenvolvimento acelerado. Com tanta ligação com o mundo da bola, não teve alternativa. O sonho do garoto se tornou o elo mais forte com suas origens e com sua família.
Foi jogando bola no recreio da escola, em Washington DC, que Felipe Ralda foi descoberto pelos olheiros do futebol. Inicialmente, atuou em uma escolinha, mas logo foi convidado para uma peneira no DC United, um dos clubes de expressão no crescente futebol dos Estados Unidos. Entre centenas de garotos, Felipe foi aprovado e começou a treinar na equipe. De desconhecido, com o tempo, se tornou capitão da equipe que ergueu a taça de maior prestígio em sua categoria no país.
O próximo capítulo da história de Felipe Ralda seria no Brasil. Ele costumava vir ao país em suas férias para visitar a família por parte de mãe. Em uma das visitas, em 2019, conheceu a Pelé Academia e deixou um recado. “Um dia ainda vou jogar pelo Resende e vou treinar aqui”, disse o então atleta DC United.
E ele estava certo. Aprovado para compor o elenco Sub-15, Felipe chegou ao país em fevereiro de 2021 e fez toda à pré-temporada no Centro de Treinamento da Pelé Academia. Atualmente, é o lateral-direito titular da equipe comandada pelo treinador Adão e segue lutando pelo sonho de se tornar um jogador profissional. Como obstáculo, o adolescente, que nasceu em solo americano e sempre foi muito próximo da família, agora precisa driblar a distância e a saudade. “Mesmo gostando do Brasil, sinto muita falta da minha casa, da minha família e até da comida de lá. É um privilégio enorme jogar pelo Resende. Sempre sonhei em ter a oportunidade de jogar no Brasil e, ainda mais, disputar uma competição como o Campeonato Carioca. Estou muito feliz por tudo que vem acontecendo na minha vida, mas é apenas o começo. Sou um moleque sonhador e tenho aspirações de chegar muito longe.”, revelou o lateral resendense.
A equipe Sub-15 do Resende, assim como a Sub-17, comandada pelo treinador Ricardo Pagani, entram em campo novamente no domingo, dia 29, contra o Macaé. O Sub-17 entra em campo às 13 horas e o Sub-15 às 15 horas. As partidas serão disputadas no Estádio do Trabalhador, em Resende.