BARRA MANSA
Uma pesquisa adulterada está movimentando o jogo político em Barra Mansa e pode ter consequências. Isso porque entrou na investigação a Polícia Federal e o assunto pode parar no Ministério Público Eleitoral. Começou a circular por WhatsApp uma ‘pesquisa’ que o A VOZ DA CIDADE teve acesso como se fosse de um renomado instituto. O proprietário, que não quer se expor, disse ao jornal que não foi feita nenhuma pesquisa pelo instituto sobre a situação eleitoral de Barra Mansa.
“Desde 2016 não registramos pesquisa para divulgação pública e ainda que tivéssemos feito não poderia ser divulgada. Desconhecemos e isso não saiu do nosso instituto. Está com indícios de adulteração. Deve ser Fake News”, disse. Ele também recebeu a pesquisa e se assustou, mas como conhece a forma dos relatórios conseguiu ver algumas fraudes. Ele citou que isso acontece com outros instituto sérios como o dele, como Ibope, DataFolha. “Não tem como controlar o que os outros fazem. Vamos consultar o jurídico para tomarmos uma posição”, completou o proprietário da empresa.
NA POLÍCIA FEDERAL
Um presidente de partido político de Barra Mansa, que preferiu não se identificar, protocolou ontem mesmo denúncia na Polícia Federal. Ele diz no argumento que o primeiro lugar apontado na falsa pesquisa seria prejudicado já que aparece bem abaixo dos percentuais de pesquisa anteriores que servem de indicativos e não para serem divulgadas.
PUNIÇÃO RIGOROSA
Em consulta a Justiça Eleitoral de Barra Mansa foi informada que toda pesquisa para ser divulgada precisa ser registrada em cartório. Atualmente, não há nenhuma registrada. O fato cabe representação e a multa mínima é de R$ 53 mil. Isso é pelo eleitoral, porém há também a possibilidade de abrir inquérito policial para verificar a situação.