VOLTA REDONDA
O município de Volta Redonda criou um fluxograma para identificação e atendimento em casos suspeitos de infecção humana por coronavírus (Covid-19). O documento inclui as três situações definidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como indicadoras de contaminação pelo coronavírus, procedimentos para diagnóstico laboratorial, manejo no atendimento e internação, além de medidas para prevenção e controle da circulação do vírus.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Alfredo Peixoto, a Rede Pública de Saúde de Volta Redonda está apta para atender os casos suspeitos de coronavírus. Porém, por se tratar de um novo vírus, foi elaborado o documento e será feito uma capacitação para orientar os profissionais. “Médicos e outros profissionais da saúde que atuam na Atenção Básica e na Rede de Urgência e Emergência fazem capacitação na próxima sexta-feira, dia 13”, disse.
A capacitação será ministrada pela coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Milene Paula de Souza, e pelo médico infectologista do setor, Eduardo Rafael Ulloa Candanoza. “A expectativa é reunir cerca de 150 profissionais para detalhar o protocolo adotado em caso de suspeita de infecção por coronavírus e tirar dúvidas”, explicou Milene.
Para ser considerado caso suspeito de infecção humana pelo COVID-19, o paciente deve apresentar febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros), além de histórico de viagem para área com transmissão local ou contato próximo de caso suspeito ou confirmado em laboratório para o coronavírus. Nos três casos, sempre nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.
O documento elaborado pela Secretaria de Saúde ainda inclui procedimentos recomendados para diagnóstico laboratorial. A necessidade de usar Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado, que inclui luvas descartáveis, avental e proteção para os olhos ao manusear amostras potencialmente infecciosas bem como uso de máscara N95 durante procedimento de coleta de materiais respiratórios com potencial de aerossolização (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). A amostra deverá ser encaminhada ao LACEN (Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels), no Rio de Janeiro, acompanhada de cópia da ficha de notificação.
Paciente deve utilizar máscara cirúrgica a partir do momento da suspeita e ser mantido preferencialmente em quarto privativo. Os profissionais devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção). Limitar a movimentação do paciente para fora da área de isolamento.
Se necessário o deslocamento, manter máscara cirúrgica no paciente durante todo o transporte. Qualquer pessoa que entrar no quarto de isolamento, ou entrar em contato com o caso suspeito, deve utilizar EPI. Os casos leves ou que não necessitem de internação hospitalar devem ser acompanhados pelo serviço de saúde do município de residência.
A recomendação é que medida preventivas diárias sejam adotadas para prevenir a propagação de vírus respiratórios, incluindo: lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos. Se não houver água e sabão, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool; evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; evitar contato próximo com pessoas doentes; ficar em casa quando estiver doente; cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo; limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.