PORTO REAL
Desde dezembro Gilberto Caldas (PSL) não está mais como vereador. Ele foi chamado pelo prefeito Ailton Marques (PDT) para assumir a Secretaria de Governo. Em seu lugar no Legislativo está o vereador Rudnei Heleno Alves (DC). E ele apresentou um assunto na câmara: solicitando que a Farmácia Municipal ganhe uma extensão para dentro do Hospital Municipal São Francisco de Assis. Após muita discussão, o vereador chamou os demais para serem coautores do pedido que será enviado ao Executivo. Esse pedido já tinha sido feito por outros dois vereadores.
De acordo com o vereador, a extensão se faz necessária porque muitos moradores atendidos no hospital precisam depois se deslocar até a farmácia. Ele lembrou que sexta-feira, após o término do expediente, sábados, domingos e feriados, a farmácia não funciona, o que dificulta a acessibilidade aos medicamentos por parte da população. “Esse pedido é de extrema importância para a população, principalmente a mais carente que não tem condições de comprar os medicamentos e muitas das vezes é preciso adquirir um remédio em horário e dia em que a farmácia está fechada”, disse Rudnei.
O vereador Lulinha (PV) parabenizou o autor e ressaltou que realmente muitas pessoas dependem de medicamentos e que outro fator importante é a espera que está sendo longa, de acordo com reclamações que ouve diariamente no gabinete e sugeriu que o Executivo passasse a farmácia para dentro do hospital e não fazer um braço, assim evitaria ter dois tipos de atendimento. Carlinhos Tchaia (MDB), outro vereador, usou a palavra e lembrou que no passado a farmácia funcionava dentro do hospital e não entende porque mudou de local.
“A localização da farmácia e os horários são um assunto muito debatido nessa Casa. Peço que o prefeito receba a indicação e avalie com muito carinho o pedido, pois nossa população tem essa urgência nos serviços de saúde”, disse o vereador Paulo César (DC).
Mais enfático, o vereador Fábio Maia (MDB) ressaltou que o pedido foi feito já diversas vezes e o Poder Público não resolve. “O que eu vejo é a falta de interesse do Poder Público em resolver uma questão que é clamada aqui por inúmeras vezes. A indicação vai e volta e nada se resolve”, lamentou Maia.
Para a vereador Bianca Sampaio (PSDB), a indicação já foi feita e tem que ser analisada com muito cuidado e coerência. “A localização da farmácia e o horário de atendimento têm sido colocado em discussão por várias vezes nesse plenário, um sinal que a população insiste e tem urgência em que a questão seja resolvida. O prefeito juntamente com o secretário de Saúde têm que ter o bom senso de fazer uma avaliação da hipótese de entregar medicamentos a noite, sábados, domingos e feriados e acredito que não seja tão complicado de ser realizado”, ressaltou Bianca.
Um dos que já fez esse pedido no Legislativo, o vereador Valcir da Silva (PP), disse não estar nada contente com o cenário. “Parabenizo o vereador Rudnei pela preocupação, mas não posso deixar de ressaltar que já fiz a mesma indicação e numa das conversas com o poder executivo me foi garantido que teria um espaço físico dentro da Secretaria de Saúde para a entrega de medicamentos quando a farmácia estivesse fechada, mas até hoje não vi o cumprimento do acordo”, falou Valcir.
Para o vereador Henry é necessário um estudo, mas não é simples. Ele argumentou que o hospital pode funcionar 24 horas por dia, mas nem todo receituário parte de lá, já que muitas receitas vêm de policlínicas. “E quando falam em encurtar a distância não podem deixar de relevar que de segunda a sexta o atendimento é feito na maioria das vezes em bairros distantes da farmácia e do hospital”, disse Henry.
Segundo o vereador Claudio (PSD), é preciso ter cuidado ao elaborar uma indicação. Ele citou que não falta remédio na cidade e não acredita ser necessário que a farmácia seja transferida para o hospital.