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OMS mantém emergência internacional por risco de expansão do vírus da pólio

Por Andre
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GENEBRA

A Comissão Global Independente para a Certificação da Erradicação da Poliomielite destacou que o risco de disseminação internacional do vírus continua sendo uma emergência de saúde pública de interesse internacional.

Esta conclusão marcou o mais recente encontro de membros, assessores e representantes de Estados-membros da Organização Mundial da Saúde, OMS, em Genebra.

Recomendações

O grupo de especialistas quer que as diversas recomendações temporárias, feitas há cinco anos para conter o risco de transmissão do vírus da pólio, continuem sendo observadas por mais 90 dias.

De acordo com a Comissão, após casos recentes de transmissão do vírus selvagem, em novembro, o risco persiste no Afeganistão e no Paquistão. A Nigéria está na mesma situação após ter notificado o último paciente em setembro de 2016.

Já os países de língua portuguesa, Angola e Moçambique, estão no grupo de 17 nações com risco de circulação do vírus da pólio derivado da vacina, conhecido como cVDPV. O caso angolano foi detectado em outubro passado, enquanto o último paciente de Moçambique foi registrado em dezembro de 2018.

Apesar das preocupações quanto à longa duração desta situação, os especialistas dizem que ela é extraordinária por causa do “risco contínuo de disseminação internacional” e da necessidade de uma resposta coordenada.

Ganhos 

Entre os fatores para manter a emergência internacional estão o aumento da expansão do vírus da pólio do tipo 1 além-fronteiras. Os especialistas explicaram que houve perdas em alguns ganhos dos últimos anos.


Neste momento, esse risco está no ponto mais alto desde 2014, momento em que o vírus da pólio foi declarado uma emergência internacional.

Crianças

Em 2019, o tipo 1 do vírus da pólio se espalhou do Paquistão para o Irã e o Afeganistão. Mais recentemente, a circulação foi observada do Afeganistão para o Paquistão e aumenta o ritmo de casos que vão sendo confirmados.

A OMS alerta que também tem crescido o número de crianças não-vacinadas no Afeganistão havendo “um risco de um grande surto, se nada for feito”.

Para a Comissão, ainda é preciso fazer reformas urgentes no plano do Paquistão para travar a pólio. Esse processo que já está em andamento pode levar algum tempo até um controle mais eficaz da transmissão e se chegar à erradicação.

O documento da OMS aponta ainda para um aumento da resistência de comunidades e em nível individual aos programas de combate à poliomielite.

Emergências

Entre os fatores estão a queda da imunidade do vírus do tipo 2, vários surtos surgidos em emergências, desafios na vacinação de rotina, lacunas de vigilância e falta de avaliação.

O movimento das populações também expõe as populações ao risco de contrair o vírus da pólio, porque estas se deslocam por razões familiares, sociais, econômicas, culturais ou em busca de segurança. (*Com informações da Agência ONU News).

* Luciano R. Pançardes – Editor Chefe

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