RIO DE JANEIRO
O volume de vendas do comércio varejista do Estado do Rio de Janeiro apurado pela Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) cresceu 2,8% em agosto na série livre de efeitos sazonais. Na comparação anual, o volume de vendas do setor registrou crescimento igual a 7,7% com destaque para a atividade de eletrodomésticos (103%).
No Brasil, o volume vendido pelo comércio varejista restrito cresceu 3,4% em agosto e atingiu o maior valor para um mês desde o início da divulgação da pesquisa em janeiro de 2000. Destaque para a atividade de vestuário e calçados, que registrou crescimento igual a 30,5%. O crescimento aconteceu sobre uma base pequena, já que a atividade foi a mais afetada depois da venda de livros, jornais e revistas. Esta última, que já registrava uma tendência de queda anterior à crise, ainda sofre com o medo ainda existente de contaminação do vírus.
Na comparação anual, o setor registrou crescimento igual a 6,1% com destaque para a atividade de móveis (39,9%). Entre abril e agosto, o governo federal colocou na economia brasileira R$ 212,75 bilhões (ou R$ 42,55 bilhões/mês) sob a forma de auxílio emergencial, o que contribuiu fortemente para rápida recuperação do setor.
Em setembro, segundo o Tesouro Nacional, a quantia transferida para os trabalhadores informais caiu para R$ 24,19 bilhões, já que houve redução do valor do benefício de R$ 600 para R$ 300. O volume de vendas do comércio, portanto, crescerá com menos força nos últimos 4 meses do ano.
O volume de vendas da comércio varejista ampliado (restrito + material de construção+ veículos) cresceu 3,8% no Estado do Rio de Janeiro e 4,6% no Brasil e pela primeira vez ultrapassou o volume vendido em fevereiro. O resultado foi puxado pele venda de material de construção, o que mostra a força do auxílio para impulsionar o comércio. A venda de automóveis no Brasil ainda encontrava-se, em agosto, 12,9% abaixo do período pré-crise.