VOLTA REDONDA
Doze leitos de UTI, 46 de Clínica Médica e quatro de Unidade Intermediária. Todos devidamente equipados e atendendo a população. Esse é o quantitativo de leitos abertos no Hospital do Retiro entre janeiro e o início de abril especialmente para tratar pacientes com Covid-19. Além disso, mais dois leitos de UTI foram abertos no Hospital São João Batista no mesmo período.
O número de leitos abertos no Hospital Municipal Munir Rafful (HMMR), no Retiro é muito superior ao que existe de vagas em hospitais na maioria das cidades do país. Na verdade, pela realidade nacional, é mais do que a maioria dos municípios brasileiros têm a oferecer.
Segundo dados do Conselho Federal de Medicina, somente 532 dos cinco 5.570 municípios brasileiros oferecem esses leitos de UTI. Ainda segundo o CFM, se considerados apenas os leitos de medicina intensiva da rede pública, apenas 466 destas cidades oferecem tratamento em UTI no país.
CENÁRIO DIFÍCIL
O prefeito Antonio Francisco Neto ressaltou que foi necessário criar praticamente nova rede hospitalar para o enfrentamento da pandemia, pois ao assumir o governo encontrou apenas 5 leitos de UTI disponíveis.
“Ainda estamos em uma verdadeira luta contra o tempo para reestruturar nossa rede de saúde. Uma luta contra o tempo e pela vida. Esse é um trabalho diário de toda nossa equipe”, disse.
Além de abrir mais leitos, o prefeito destacou que um dos principais objetivos do governo é garantir mais médicos e equipamentos nos hospitais e unidades de saúde. “Infelizmente, os atrasos e parcelamentos de salários vivenciados no ano passado afastaram os profissionais e nos jogaram uma falta de credibilidade que ainda precisa ser vencida diariamente”, ressaltou.
OXIGÊNIO GARANTIDO
Um problema generalizado no país é a falta de oxigênio nas UTIs e para pacientes que sofrem com a Covid-19. Em Volta Redonda a realidade encontrada em janeiro foi essa, mas a Prefeitura investiu em um novo sistema de abastecimento no Hospital do Retiro. Este foi o primeiro passo dado para abertura dos novos leitos. “Tivemos de fazer isso com urgência, pois a rede de abastecimento que encontramos não dava conta do Hospital. Muito menos daria para suportar esses leitos que abrimos”, disse Márcia Cury, diretora do hospital.