As Forças Armadas deram fim na manhã desta segunda-feira, a operação contra a onda de violência em Angra dos Reis. A ação, que faz parte das medidas da intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, começou no último dia 13 e terminou com o saldo de 24 presos. Mais de 2,2 mil homens das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal participaram do ato, que mesmo sem o auxilio dos homens do Exército, terá continuidade na cidade.
Segundo balanço divulgado pelo Comando Militar do Leste (CML), as forças de segurança apreenderam armamento pesado, como: quatro espingardas, uma pistola automática, dois carregadores de fuzil e dois de pistola, munições para pistola e fuzil e cinco granadas de fabricação caseira. “A operação também encontrou grande quantidade de drogas, 673 bisnagas de explosivos e 20 metros de estopim para detonação usado por criminosos para explodir agências bancárias”, disse a polícia em nota, acrescentando que foram recuperados 10 carros roubados. Os militares revistaram mais de 11 mil pessoas e veículos em vários pontos de Angra dos Reis.
No dia 21 de agosto, o prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (MDB), decretou situação de emergência na segurança pública. No dia seguinte (22), ele se reuniu com o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, general Richard Nunes, para pedir apoio das forças de segurança para combater o crime organizado.
Jordão pediu ao general Richard um carro blindado para dar suporte às ações do 33° Batalhão da Polícia Militar, sediado em Angra dos Reis. Segundo o prefeito, o secretário disse que vai mandar um blindado para o município e também reforço de militares, mas que será de forma gradual e não com efetivo maior como o prefeito pretendia.
CRIME ORGANIZADO
O prefeito disse que os bairros mais prejudicados com a ação do crime organizado são: Frade, Belém, Areal, Camorim e Sapinhatuba, onde, segundo ele, duas facções criminosas lutam pelo domínio dos pontos de venda de drogas.