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Usuários da USF do bairro Jardim Primavera são conscientizados sobre combate e prevenção à Hanseníase

Por Carol Macedo
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BARRA MANSA

Profissionais do Programa Municipal de Hanseníase  e as equipes de trabalho da USF (Unidade Saúde da Família) do bairro Jardim Primavera e do NASF-BM (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) realizaram na tarde desta terça-feira (31), uma roda de conversa com usuários do dispositivo de saúde pública alusivas ao Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase. A iniciativa contou com orientações sobre o diagnóstico e tratamento da doença, bem como, a conscientização sobre a importância da data, que foi instituída pela Lei Federal nº 12.135/2009 e denominada de Janeiro Roxo.

Segundo informações da fisioterapeuta do NASF e do Programa Municipal de Combate à Hanseníase, Thaisa Roxo, o Brasil ainda registra alguns casos da doença. Em Barra Mansa, atualmente cinco pacientes estão em tratamento, sendo uma mulher e quatro homens.

Thaisa explicou que apesar de ser uma doença da pele, a Hanseníase é transmitida por meio de gotículas expelidas pelo nariz, ou através da saliva do paciente. Afeta primordialmente a pele, mas pode atingir também os olhos, os nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos. Ao penetrar no organismo, a bactéria inicia uma luta contra o sistema imunológico do paciente. O período em que a bactéria fica escondida ou adormecida no organismo é prolongado, e pode se estender por até 10 anos.

Se diagnosticada tardiamente ou o tratamento for inadequado, pode causar incapacidades físicas. A vacina BCG tem importante aplicação para o controle da Hanseníase e também da tuberculose.

Conforme explicou a psicóloga do NASF Juliana Soares, a Hanseníase até pouco tempo era popularmente conhecida como lepra e as pessoas acometidas pela doença, estigmatizadas. “Por conta disso, havia um grande preconceito. Os avanços das pesquisas médicas possibilitaram o diagnóstico da Hanseníase e seu tratamento. Importante ressaltar é uma doença infecciosa, contagiosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen. A transmissão ocorre por meio de contato próximo e contínuo com o paciente não tratado. Sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa infectada e apresenta múltiplas manifestações clínicas, exteriorizadas, principalmente, por lesões dos nervos periféricos e cutâneas com alteração de sensibilidade”, detalhou.

 

SINTOMAS


Os principais sintomas da doença são manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na pele, com redução da sensibilidade e dormência no local, além de fraqueza muscular nas mãos, principalmente no dedo mínimo. O diagnóstico precisa ser feito por médicos especialistas.

TRATAMENTO

De acordo com o farmacêutico do Programa Municipal de Combate à Hanseníase, Vinícius Bicalho da Silva, ao suspeitar da doença o cidadão deve se encaminhar a Unidade de Saúde mais próxima de sua residência onde será submetido a uma consulta com o clínico geral.

– Ele será encaminhado para o Programa visando o fechamento do diagnóstico. Se positivo, receberá atendimento da equipe multiprofissional. O dermatologista fará uma avaliação clínica, com aplicação de testes de sensibilidade, palpação de nervos e avaliação da força motora. Se o especialista desconfiar de alguma mancha ou caroço no corpo do paciente, poderá fazer uma biópsia da área ou pedir um exame laboratorial para medir a quantidade de bacilos – disse.

O tratamento é feito por meio de medicamentos e pode durar de seis meses a um ano.

 

Fotos: Felipe Vieira

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