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UM ANO DE PANDEMIA: O que aconteceu no Sul Fluminense e no Brasil após o surgimento da Covid-19

Por Carol Macedo
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SUL FLUMINENSE/BRASÍLIA

Amanhã o Brasil completa um ano do primeiro caso confirmado de Covid-19. No dia 26 de fevereiro de 2020 o Ministério da Saúde confirmava o caso de um homem de 61 anos, morador de São Paulo, que havia retornado de uma viagem internacional e foi contaminado com a doença. O país parou, ninguém imaginou que um vírus que estava apenas na China em dezembro de 2019, chegaria a atingir outros países de maneira tão rápida e violenta. Até que em menos de dez dias, foi registrado o primeiro caso no Rio de Janeiro, uma mulher de 27 anos. E foi de Barra Mansa.  Em 11 de março a situação já estava fora do controle e a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou oficialmente a existência de uma pandemia.

Um dia depois, no dia 12 de março, o Brasil confirmou a primeira morte ocasionada pelo coronavírus. A vítima dessa vez foi uma mulher de 57 anos moradora de São Paulo. O número de acasos crescia e a doença se propagava. Em 21 de março, Volta Redonda anunciou o primeiro caso na cidade, já três dias depois, Resende também confirmou ter um cidadão infectado pelo vírus.

Seis dias após o primeiro caso na cidade do Aço, Volta Redonda foi a primeira do Sul Fluminense a confirmar um óbito pela Covid-19. A vítima foi um idoso de 66 anos que estava internado no Hospital São João Batista.

RUAS VAZIAS  

Foi também em março que as medidas para o isolamento social começaram a ser adotadas em várias cidades da região, além da determinação da suspensão das aulas nas escolas das redes púbicas e privadas.

Não só as ruas e escolas ficaram vazias, espaços públicos interditados, os estádios de futebol pela primeira vez na história, estavam em silêncio. Foi quando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu suspender, por prazo indeterminado, as competições nacionais.

Espaços públicos foram interditados em diversas cidades – Foto: Fábio Guimas

PLENÁRIO APROVA AUXÍLIO EMERGENCIAL

Para minimizar e amenizar a queda da economia devido às medidas de isolamento para evitar a propagação do vírus, o plenário do Senado aprovou em março o auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais de baixa renda, a ser concedido durante a pandemia do novo coronavírus (PL 1.066/2020). A medida iria durar apenas três meses, porém, durou até janeiro de 2021, com valor reduzido pela metade.


PREOCUPAÇÃO COM FALTA DE LEITOS

Em 11 de abril, 12 dias após a confirmação da doença em Volta Redonda, a cidade chegou a 100 casos confirmados com coronavírus. No dia 16, prefeitos da região e secretários de Saúde se reuniram com o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos e representantes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para conversar sobre a preocupação com a lotação do Hospital Regional Zilda Arns, localizado em Volta Redonda. O local lotado por pacientes da capital e não tinha mais vaga para pessoas da região.

O que a maioria da população nunca tinha visto, um caminhão frigorífico para armazenar corpos chegou a cidade do Aço. E viu ainda denúncias de falta de espaço nesse caminhão e corpos ocupando salas do regional.

Contêiner frigorífico chegando em Volta Redonda – Foto: Reprodução Redes Sociais

Durante este período os testes para identificação só eram realizados em pacientes que apresentavam sintomas da doença e iam até uma unidade de saúde que atendia outras comorbidades além da Covid-19. A única cidade que abriu um Hospital de Campanha foi Volta Redonda, cuja ocupação sempre foi baixa. As demais cidades destinaram locais para o atendimento de infectados com a doença.

Hospital Regional erguido em Volta Redonda – Foto: Fábio Guimas

Foi só em 27 de abril que o Brasil adotou uso de máscaras como política de saúde pública.

VACINA DA ESPERANÇA

Ainda em 2020, a ciência quebrou seus recordes e conseguiu desenvolver vacinas em apenas um ano. Há quem diga que o fato se assemelha a chegada do homem a lua. No dia 2 de dezembro, o Reino Unido deu aval para o imunizante produzido pela Pfizer, primeira vacina a ser aprovada para o combate da Covid-19 no mundo. Para os brasileiros, 2021 começou com esperança. No dia 17 de janeiro a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso das duas primeiras vacinas contra o coronavírus disponíveis em território brasileiro: a da Sinovac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a China, e a da Oxford-AstraZeneca, cujo pedido de uso emergencial foi feito pela Fiocruz. A enfermeira de São Paulo, Mônica Calazans, de 54 anos, foi a primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19 no Brasil.

Imunizante CoronaVac foi aprovado pela Anvisa – Foto: Fábio Guimas

Vacina começa a chegar no Sul Fluminense – Foto: Fábio Guimas

 

 

 

 

 

 

Ainda em janeiro, a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro começou a distribuir os imunizantes às cidades do Sul Fluminense que hoje seguem realizando a imunização dos grupos prioritários. Com ano ainda no começo, pela primeira vez na história não teve carnaval. Na semana da festa do Momo, o país registrou 250 mil mortos pelo novo vírus e dez milhões de casos confirmados. Até o fechamento desta edição, a região Sul Fluminense contabilizava 68.365 casos confirmados, sendo 1.872 óbitos pela doença.

Enquanto a vacinação não chega para todas as pessoas, a recomendação continua sendo o distanciamento e as medidas de prevenção. Chegamos a um ano convivendo em meio a pandemia de Covid-19, mas apesar do mundo ter ‘parado’ por conta da doença, as palavras adaptação, superação esperança continuam sendo escritas a cada dia.

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