Mais uma vez enquanto esteve em campo, Philippe Coutinho foi protagonista na vitória do Brasil sobre a Sérvia. Com incrível visão de jogo fez um lançamento perfeito para o gol de Paulinho. Cada vez mais, Coutinho se candidata aos prêmios da Fifa para os melhores da Copa ou da temporada em 2018. Méritos também, é claro, para Paulinho que soube manter os tempos de passadas e da altura da bola para encobrir o goleiro adversário.
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Ao contrário, Neymar jogou bem, mas não protagonizou. Teve bonitas arrancadas, dribles desconcertantes, não exagerou na posse de bola, ofereceu boas assistencias aos companheiros, não reclamou acintosamente com o árbitro nem encheu o saco de ninguém com tombos e dores cinematográficas. Merecia ter marcado um gol, especialmente no lance idêntico ao do Paulinho.
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Ao se classificar para as oitavas de final, a seleção brasileira rompeu o temor de fracassar ainda na fase de grupos da Copa na Rússia. Esse mêdo rondava a cabeça dos torcedores, dos jornalistas e da própria comissão técnica. Afinal, não se via tantos resultados inesperados tem ocorrido nesta Copa. Que o diga a Alemanha derrotada pela Coreia do Sul por dois a zero.
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Aliás, a Alemanha, atual detentora do título mundial, confirmou a chamada maldição do campeão. Seis vezes na história e seguidamente nos ultimos torneios, o campeão do mundo não passa da fase classificatória na Copa seguinte. França (1998/2002), Itália (2006/2010), Espanha (2010/2014), Alemanha (2014/2018).Única exceção é o Brasil, campeão em 2002 mas na Copa de 2006 eliminada já nas quartas de final.
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Alemanha e Itália são tetracampeãs na Copa do Mundo. Como a Itália nem se classificou para a Copa na Rússia e a Alemanha agora também está de fora, o Brasil continua exclusivo com o pentacampeonato. Nenhuma outra seleção poderá se igualar aos canarinhos brasileiros dessa vez. A turma do chucrute e do joelho de porco assim como o da pizza e do nhoque, terá de esperar mais quatro anos para tentar.
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Isso caso o Brasil não se torne campeão pela sexta vez, tarefa dificílima. Para obter inédita conquista ainda faltam quatro jogos, um mínimo de 360 minutos de muita emoção. O primeiro desafio será superar a seleção do México. Depois, entre outros, quem sabe?, desligar fios desencampados como Argentina, Uruguai e Inglaterra, para falar apenas de gente que já saboreu, no cálice da Taça, o vinho dos campeões.