PIRAÍ
A população do distrito Arrozal realizou nessa terça-feira, 5, uma manifestação em frente ao Pronto de Socorro, para expressar a insatisfação com o atendimento do médico da unidade. Quem realizou o movimento foi a família de Valdecir Honório, de 42 anos, que faleceu na última quarta-feira, após passar mal e não conseguir o atendimento da ambulância do posto. Cerca de 50 pessoas se agruparam, às 14 horas, em frente ao local, levando cartazes.
De acordo com os manifestantes, veículos da Polícia Militar estiveram presentes no local, porém o médico não teria comparecido à unidade.
Segundo a viúva, Luana Venâncio Gonçalves, após Valdecir morrer, ela realizou um Boletim de Ocorrência de omissão de socorro. “Fui informada que isso será enviado para a Justiça para apuração, e, estamos aguardando”, disse, denunciando que vários moradores já presenciaram a ambulância sendo utilizada para o transporte de médicos e funcionários. “Para socorrer o meu marido, a ambulância não pode deixar o Pronto de Socorro, porém, para realizar essas atividades, é permitido”, questionou.
Valdecir teria passado mal às 6 horas, no dia 30 de janeiro, quando Luana ligou para Pronto Atendimento, porém, segundo ela, foi informado que a ambulância não poderia deixar a unidade, pois a mesma deveria estar à disposição caso algum paciente do posto necessitasse ser transferido ao hospital de Piraí. Ele teria ido a óbito uma hora depois, enquanto aguardava a ambulância do Samu, que vinha do Centro.
Até o fechamento desta nota, a Prefeitura de Piraí não tinha se manifestado sobre a situação do posto de saúde e do caso de Valdecir.