SUL FLUMINENSE
As papelarias que estavam cheias desde meados de dezembro com pais antecipando as compras dos itens do material escolar, tendem a registrar deste fim de semana em diante, maior fluxo de consumidores. A maioria das instituições de ensino retorna às aulas no dia 4 de fevereiro.
Nas lojas da região a busca por preços e produtos de qualidade é um desafio diário para pais e responsáveis pelos alunos. “Tenho três filhos em idade escolar e consegui remanejar o material do ano passado para apenas o caçula. Os dois mais velhos ‘exigem’ coisas da moda e a lista fornecida pela escola contribui para a renovação. Fiz orçamento e ambas partem de R$ 250 a R$ 300 em média. Tudo muito caro”, comenta a doceira Amélia dos Santos, circulando pelas lojas de Resende em busca de ofertas. “Praticamente não há oferta interessante”, critica.
CONSUMO CONSCIENTE
As compras nestes dias que antecedem a volta às aulas podem gerar ansiedade e levar o consumidor a elevar os gastos. Segundo o Programa de Defesa do Consumidor, o ideal é fazer pesquisa em três papelarias e evitar ter os filhos em companhia. “Isso implica em saber a diferença de preços entre as lojas e evitar fazer a escolha a partir da vontade da criança. Geralmente, pedem os produtos da moda, quase sempre os mais caros e difíceis de achar pela alta saída”, frisa o educador financeiro Pedro Antônio Nascimento.
Outro detalhe é analisar os itens solicitados pelas escolas. O Procon Estadual do Rio de Janeiro adverte que a relação de materiais deve ser divulgada para os pais e responsáveis acompanhada do plano de utilização desse material, para que possam avaliar se, entre o que for solicitado, há ou não produtos que possam ser considerados de uso coletivo – o que é proibido.
É vetado, por exemplo, pedir álcool hidrogenado, canetas para lousa, copos descartáveis, fitas adesivas, material de escritório, material de limpeza, talheres descartáveis, enfim. “Podem ser solicitados com alguma restrição, para alunos a partir de 2 anos, as colas em geral, o papel ofício, pendrive e até material TNT. Na lista de artes para uso em sala de aula, pode constar caixa de giz de cera, tinta guache entre outros itens. Os pais devem pesquisar junto aos órgãos de proteção ao consumidor em caso de dúvida”, frisa a comerciante Doralice Almeida.
CONTATO COM O PROCON
Para orientar os consumidores, cada município possui uma unidade do Programa de Defesa do Consumidor (Procon). Em Barra Mansa, o atendimento acontece de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30min, sede localizada na Rua Luiz Ponce, 263, Centro (pátio da prefeitura). Os telefones de contato são (24) 2106-3420 e 2106-3461.
Na cidade, o produto com maior variação de valores é a caixa de lápis de cor grande, em um estabelecimento R$ 8,27 em outro R$ 19,60. O custo da compra em Barra Mansa está entre R$ 106,03 e R$ 146,06, segundo recente pesquisa do Procon. Entre os produtos pesquisados estão: apontador simples, borracha para tinta, borracha branca, caixa de lápis de cor grande, cadernos com 200 e 96 folhas, caneta esferográfica, caneta hidrocor grande e pequena, cartolina, cola 90 gramas, compasso, durex, estojo, lápis preto, lapiseira, massa de modelar com seis cores, papel sulfite A4, régua 30 cm e tesoura ponta redonda. Todos os itens são da mesma marca. “Se for possível, faça a compra em locais diferentes, no final o bolso agradece. Outra dica importante é não levar as crianças no momento da compra, isso também vai ajudar a poupar dinheiro”, comenta o gerente do Procon-BM, Felipe Fonseca.
Em Volta Redonda, o atendimento na Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) é de segunda a sexta-feira, entre 9 e 17 horas, na Avenida Paulo de Frontin, nº 349, lojas 10 e 11, bairro Aterrado. Os telefones de contato são (24) 3339-9205 e 3339-9206. E em Resende, o Procon funciona de segunda a sexta-feira, entre 9 e 17 horas, na Rua Gulhot Rodrigues, nº 257, no Bairro Comercial. O contato é o (24) 3354-6249.