VOLTA REDONDA
Após denúncia de que os quase R$7 milhões, dinheiro enviado para a compra do aparelho de ressonância magnética, foram utilizados pelo Poder Público Municipal para outros fins, o deputado federal Antonio Furtado, quer explicações da prefeitura. O parlamentar lembrou que, além de destinar recursos e verbas para os municípios, cabe aos deputados federais fiscalizarem como esse dinheiro está sendo empregado e se são utilizados com a mesma finalidade para a qual foram enviados. E é isso que ele está fazendo.
Na tarde de quarta-feira, dia 2, Antonio Furtado protocolou em Brasília um ofício solicitando informações junto à Prefeitura de Volta Redonda sobre a utilização dos quase R$7milhões depositado no Fundo Municipal de Saúde de Volta Redonda. A verba seria para a compra de um aparelho de ressonância magnética. O deputado explicou que recebeu denúncia de que
o dinheiro enviado para a compra do aparelho seria utilizado pelo Poder Público Municipal para outros fins. “Uma prática que não podemos aceitar, pois a saúde pública de Volta Redonda e da região dependerão deste equipamento para salvar vidas. Caso este aparelho não seja comprado, o agente público culpado pode até responder por improbidade administrativa”, disse Antonio Furtado.
EXPLICAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE LICITAÇÃO
O deputado disse ainda que quer explicações sobre o andamento do processo de licitação para a compra do bem e o extrato da conta corrente do Fundo Municipal. “Este dinheiro saiu de Brasília com a força de quatro deputados federais. São quase R$7milhões que liberamos para acabar com as filas e espera por exames e até agora nada. O Sistema Único de Saúde de Volta Redonda, talvez o pior do Sul Fluminense, não agüenta mais esperar para que algo seja feito. Vamos lutar sempre para impedir covardias contra o já massacrado usuário da rede pública de saúde”, disse o deputado Antonio Furtado.
Furtado fez questão de esclarecer que, por se tratar de uma verba federal com destinação específica, os recursos não podem ser utilizados para outra finalidade, sob pena de ocorrer improbidade administrativa do agente responsável. Caso a compra do equipamento não aconteça, o Governo Federal pode até solicitar a devolução do dinheiro. “O dinheiro veio para a compra do aparelho de ressonância magnética. Tem que ser usado para isto e não vou descansar enquanto não ocorrer. Se estão pensando em usar o dinheiro para outro fim, deixo claro que serei a “pedra no sapato”, relatou o parlamentar.
EMENDA DE BANCADA
Devido à dificuldade encontrada pelos moradores da região em conseguir realizar exames de ressonância magnética e assim diagnosticar e tratar doenças sérias que mobilizou os deputados federais Antonio Furtado, Alexandre Serfiotis, Christino Aureo e Luiz Antônio Côrrea a se unirem e proporem a chamada emenda de bancada, quando deputados de um mesmo estado unem os recursos para um único investimento de importância regional, para possibilitar a compra do equipamento. “Foi um entendimento em conjunto. Sabemos das necessidades das cidades da nossa região e o quanto um aparelho de ressonância magnética pode contribuir para os tratamentos médicos. Por isso nos unimos e fizemos essa indicação”, contou Furtado.
O deputado lembrou que o dinheiro já está liberado. “Repito, ainda não entendemos o porquê do aparelho não ter sido comprado. Não vamos deixar que esse recurso seja perdido e a população continue sem um atendimento digno. Atendemos o pedido da Prefeitura, à época formalizado pelo Secretário Municipal de Saúde. Logo, aguardo que o município faça a sua parte e adquira o aparelho. Qualquer coisa diferente disso é intolerável”, concluiu o deputado.
A Secretaria de Saúde de Volta Redonda garantiu que as informações não são verdadeiras. O processo de compra do aparelho está em tramitação dentro da SMS. O processo não é tão simples por se tratar de uma licitação de até R$ 7 milhões. Todos os esforços para acelerar o certame estão sendo feitos para que tão logo Volta Redonda possa ter seu primeiro aparelho público de ressonância magnética.
A Secretaria de Saúde informa também que não recebeu qualquer pedido de informação por parte do deputado em questão.