NACIONAL
Em recente reunião entre agentes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e membros do grupo de transição voltado a Minas e Energia, entre outros temas, foi abordada também a alta média da tarifa de energia em 2023 que deve ser de 5,6%. Conforme foi discutido, tudo vai depender dos indicadores usados nos cálculos, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do país e Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M).
A reunião não discutiu apenas as tarifas, mas também a abertura do mercado livre, qualidade do serviço, tarifa social, além da universalização e satisfação do usuário. A Aneel também demonstrou a atual defasagem no quadro de servidores, considerável em relação ao previsto na lei de criação da autarquia.
REAJUSTES DIFERENTES
É importante ressaltar que, para a projeção, a Agência Nacional de Energia usou dados do Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC). Foi levantado também que cada estado apresenta reajustes diferentes, apesar da média nacional ser 5,6% para o ano que vem.
O percentual médio de todo o Brasil é classificado em alta média de 14,3% em sete distribuidoras, alta média de 7,4% em 15 distribuidoras, alta média de 2,7% em 17 distribuidoras e redução média de -4,3% em 13 distribuidoras.
Jovem é preso após furtar cabos de energia elétrica no bairro Bulhões, em Porto Real
PORTO REAL
Policiais do 37º Batalhão de Polícia Militar (BPM) prenderam, na quinta-feira, dia 16, um jovem, de 24 anos. Ele é suspeito de furtar cabos de energia elétrica na Avenida H. R. Pritchard, no bairro Bulhões.
Os militares foram até o bairro para auxiliarem um outro policial que estava de folga e ao passar pelo local avistou o jovem em atitude suspeita. “Na abordagem, verificamos que o suspeito estava furtando cabos da rede elétrica dos postes da Prefeitura de Porto Real. Ele já havia retirado cabos de 12 postes”, contaram os policiais que encontraram com o suspeito uma sacola com vários pedaços de fios e um alicate.
O jovem foi encaminhado na 100ª Delegacia de Polícia (DP), onde foi autuado pelo delegado titular, Marcelo Haddad, por furto.
SUL FLUMINENSE
O início de 2020 traz uma novidade positiva para os consumidores tentarem reduzir a conta de energia elétrica. Está em vigor desde o dia 1º de janeiro a tarifa branca abrangente a todos os consumidores de baixa tensão como clientes residenciais, rural, estabelecimentos comerciais de pequeno porte e até algumas indústrias. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), este grupo de clientes abrange aproximadamente 15,9 milhões de unidades consumidoras no país.
Através desta opção de adesão, o cliente será cobrado conforme o consumo de energia em determinado dia e horário. A norma não se aplica a consumidores residenciais classificados como baixa renda, beneficiários de descontos previstos em Lei e à iluminação pública. (veja ao fim desta reportagem um simulado conforme o perfil do consumidor).
A medida iniciada neste mês finaliza um cronograma aprovado em 2016 que permitiu a partir de janeiro de 2018 que a tarifa branca foi opcional para clientes com consumo acima de 500 kWh/mês. Em janeiro de 2019, passou a ser acessível para clientes com média de consumo anual superior a 250 kWh/mês. Agora, é permitida a todos consumidores de baixa tensão.
CONTROLE DE CONSUMO
Na prática, quem aderir à tarifa branca, passa a ter a possibilidade de pagar valores diferentes em função da hora e do dia da semana em que consome a energia elétrica. Se o consumidor adotar hábitos que priorizem o uso da energia nos períodos de menor demanda, como no horário da manhã, início da tarde e madrugada, por exemplo, a opção pela tarifa branca oferece a oportunidade de reduzir o valor pago pela energia consumida. O casal de industriários Samanta e Anselmo Nogueira, fazem expediente entre o horário da tarde e noite, em uma fábrica da região. A rotina de consumo de energia residencial ocorre, geralmente, entre a madrugada e a manhã. “Vou analisar esta opção para tentar baixar minha conta de luz dos R$ 310 mensais. Nossa rotina de consumo oscila entre a madrugada e a manhã. Utilizamos microondas, a máquina de lavar roupas, o chuveiro elétrico e quando está muito quente, dormimos com o ar-condicionado funcionando”, comenta a especialista em pintura automotiva.
Na avaliação de Anselmo, qualquer redução será bem-vinda. “Somos um casal, mal ficamos em casa no horário que é considerado pico de consumo. Em dezembro pagamos R$ 310 e em novembro R$ 285. Quero reduzir isso, poder gastar com alimentação, lazer, enfim. Ano novo tem IPVA, IPTU, então será oportuno pra mim”, afirma os moradores de Resende. Segundo a Aneel, cada concessionária de energia no país estipula o chamado horário de pico, ou ‘horário de ponta’ de consumo.
A Enel Distribuidora adota como horário de pico no Rio de Janeiro, com exceção de sábados, domingos e feriados nacionais, o período entre 18 e 21 horas. São as três horas que levam o aposentado José Carlos Barbosa à irritação com os hábitos dos familiares. “É a hora de todos começam a tomar banho demorado em sequência, ligar a televisão pra ver novela, ficar pendurada no computador com amigos, enfim. Isso sem falar nos ambientes com lâmpada acessa sem ter ninguém no local. Somos quatro pessoas, eu e minha esposa ficamos o dia todo em casa e nesses dias quentes é ventilador e ar-condicionado acionado o tempo todo. Tento controlar, mas é difícil”, disse o patriarca que paga em média R$ 450 de tarifa mensal. “Quero analisar essa tarifa branca e tentar adequar o consumo aqui de casa. Acho que será difícil pelo horário habitual de todos, mas vou tentar”, comenta José.
De acordo com a Aneel, é fundamental que o consumidor, antes de optar pela tarifa branca, conheça seu perfil de consumo. Afinal, quanto mais o consumidor deslocar seu consumo de energia para o período considerado fora de ponta, maiores serão os benefícios através desta modalidade. “Todavia, a tarifa branca não é recomendada se o consumo for maior nos períodos de ponta e intermediário e não houver possibilidade de transferência do uso dessa energia elétrica para o período fora de ponta. Nessas situações, o valor da fatura pode subir. Por isso, é bom ter atenção ao solicitar a mudança”, adverte a Aneel.
ADESÃO E DESISTÊNCIA
Para aderir à tarifa branca, os consumidores precisam formalizar sua opção junto à distribuidora. Quem não optar por essa modalidade continuará sendo faturado pelo sistema atual.A agência nacional frisa ainda que, da mesma forma que é possível aderir, caso o consumidor não perceba alguma vantagem na conta mensal, ele pode solicitar seu retorno ao sistema anterior com a cobrança da tarifa convencional, o que deve ocorrer em 30 dias após o pedido de retorno. Ainda, assim, caso queira participar novamente da modalidade tarifária branca, será preciso aguardar um período de carência de 180 dias.
TARIFA AMARELA
A bandeira tarifária em janeiro de 2020 será amarela, com custo de R$ 1,343 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. A bandeira permanece amarela em razão do baixo nível de armazenamento dos principais reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) e pelo regime de chuvas significativamente abaixo do padrão histórico nessas regiões.
SIMULAÇÃO PARA CLIENTE RESIDENCIAL, COMERCIAL, RURAL E INDUSTRIAL
Para ter certeza do seu perfil, o consumidor deve comparar suas contas com a aplicação das duas tarifas. Isso é possível por meio de simulação com base nos hábitos de consumo e equipamentos. O consumidor deve observar a relação entre a tarifa branca relativa ao consumo fora de ponta e a tarifa convencional. Essas tarifas são definidas anualmente pela Aneel nos reajustes tarifários e publicadas em resoluções homologatórias, para cada distribuidora.
Conforme orientação da Aneel, veja abaixo diferentes exemplos de perfis de consumo de energia e os impactos sobre o valor faturado em cada modalidade.
RESIDENCIAL – Exemplo 1
Nos dias úteis há um grande consumo no horário de ponta, decorrente do uso de chuveiro elétrico para um banho no período intermediário e dois banhos no período de ponta. Para este PERFIL 1, não havendo mudança dos hábitos de consumo, é melhor permanecer na Tarifa Convencional.
Entretanto, se este consumidor residencial conseguir deslocar dois banhos para o período fora de ponta (PERFIL 2) e mantiver apenas um banho no período de ponta, a adesão à Tarifa Branca já se tornaria vantajosa conforme pode ser visto no exemplo e a economia mensal seria de R$ 3,85.
RESIDENCIAL – Exemplo 2
Nos dias úteis, há utilização concentrada de chuveiro elétrico no período de ponta (PERFIL 1) mas há uma maior utilização de eletrodomésticos fora de ponta. Neste caso, a adesão à Tarifa Branca economiza R$ 5,34 por mês.
Este mesmo consumidor pode tornar a adesão à Tarifa Branca ainda mais vantajosa se conseguir deslocar parte do consumo para o período fora de ponta (PERFIL 2), reduzindo em R$ 6,66 por mês sua conta de luz.
RURAL – Exemplo 1
O PERFIL 1 representa um consumidor rural, com consumo similar ao de um consumidor residencial e intensa utilização de eletrodomésticos durante os dias úteis no período de ponta. Para este perfil, a Tarifa Branca não é vantajosa.
Se este consumidor rural conseguir deslocar seu consumo para fora de ponta nos dias úteis (PERFIL 2), a Tarifa Branca pode se tornar vantajosa e gerar uma economia mensal de R$ 2,08.
RURAL – Exemplo 2
No caso de consumidores com produção agrícola, o perfil de consumo dependerá do tipo de uso de energia. No exemplo, devido às características da produção agrícola e do perfil de consumo de energia, a Tarifa Branca é vantajosa, com economia de R$ 8,14 por mês.
COMERCIAL – Exemplo 1
Há vários tipos de consumidores comerciais atendidos em baixa tensão: lojas, mercados, farmácias, padarias, entre outros. Cada unidade consumidora apresenta um perfil de consumo. A vantagem de aderir à Tarifa Branca dependerá não só do perfil de cada consumidor, mas também da capacidade de alterá-lo frente ao seu tipo de comércio e da análise do custo/benefício decorrente dessa alteração.
No exemplo, a unidade comercial funciona nos dias úteis das 8 às 20 horas. No sábado, o consumo de energia ocorre no mesmo período, porém em menor quantidade. E o estabelecimento não abre aos domingos. Embora nos dias úteis o consumo na ponta seja baixo e nos finais de semana haja menor consumo de energia, para este consumidor, a adesão à Tarifa Branca não resultará em vantagem significativa, pois as contas nas duas modalidades são quase iguais.
COMERCIAL – Exemplo 2
O consumidor comercial funciona 24 horas por dia, durante todos os dias da semana, com pequenas alterações no consumo de energia ao longo das horas. Para este perfil de consumo, a Tarifa Branca é vantajosa e gera economia mensal de R$ 22,31.
INDUSTRIAL – Exemplo 1
Há muitos consumidores industriais atendidos em baixa tensão: indústria de alimentos, de vestuário, de móveis. Cada unidade consumidora apresenta um perfil de consumo ao longo da semana. A vantagem de aderir à Tarifa Branca dependerá do perfil de consumo do consumidor, de sua capacidade de alterá-lo frente ao seu tipo de indústria e da análise de custo/benefício decorrente da alteração.
Uma indústria que trabalha por turnos nos dias úteis apresenta um grande consumo de energia no período de ponta. No sábado, há um consumo menor concentrado entre 8h e 18h e, no domingo, não há produção. Para este perfil, a Tarifa Branca não é vantajosa.
Industrial – Exemplo 2
Para um consumidor industrial que utiliza energia elétrica 24 horas por dia, todos os dias na semana, com um maior consumo entre 6h e 21h, a Tarifa Branca é vantajosa, com economia mensal de R$23,85.
SUL FLUMINENSE
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou as novas tarifas para cinco distribuidoras de energia elétrica (Cepisa, Eletroacre, Energisa Borborema, Light S.A. e Enel Rio) que refletem os descontos da quitação antecipada da chamada Conta-ACR. O cálculo da revisão tarifária extraordinária considera o abatimento da parcela do empréstimo na Conta de Desenvolvimento Energético e ajustes nas parcelas referentes a outras rubricas da CDE (CDE USO, CDE Decreto).
O diretor relator do processo, Rodrigo Limp ressaltou a ação da Aneel no processo de quitação do empréstimo e na busca para reduzir os valores das tarifas de energia. “Temos buscado medidas para reduzir as tarifas, mas com o equilíbrio necessário para remunerar adequadamente as distribuidoras e manter a qualidade do serviço”, afirmou.
Dessa forma, os 9,70% de reajuste médio em vigor desde o dia 15 para clientes da Enel Distribuição Rio de Janeiro teve redução de 1,92%, ficando em 7,59%. Para os clientes da Ligth que tinham a tarifa reajusta em 11,12%, houve a redução da Aneel em 2,30% atingindo R$ atuais 8,56%. Essas reduções são resultados da quitação do empréstimo contraído pela Aneel para auxiliar as empresas distribuidoras de energia a pagar o custo gerado durante o ano de 2015 por causa do baixo índice de chuvas.
A Light atende a cerca de 11 milhões de habitantes em 32 municípios do Rio de Janeiro, incluindo a capital. E a Enel Rio atende 66 municípios fluminenses incluindo o Sul Fluminense. A classe de consumo de baixa tensão na Enel Rio é de 7,49% e 7,89% em alta tensão. Na Light a baixa tensão ficou em 8,79% e alta tensão em média 8,04%.
SUL FLUMINENSE
A conta de energia elétrica sobe a partir desta sexta-feira para clientes da Enel Distribuidora Rio e Light. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na terça-feira, 12, o reajuste tarifário da Enel Distribuição Rio responsável pelo fornecimento de 66 municípios no Estado do Rio de Janeiro. O reajuste para consumidores de baixa tensão, que em sua maioria reúne clientes residenciais, foi de 9,72%. Para os clientes de média e alta tensão, em geral indústrias e grandes estabelecimentos comerciais, o índice aprovado é de 9,65%. Segundo a Enel, o reajuste que passa a vigorar nesta sexta-feira será, em média, de 9,70%.
Os principais fatores que influenciaram este aumento foram compra de energia e encargos setoriais. Esses fatores, que são definidos por lei e regulamentação, que não são gerenciados pela companhia, representam juntos 4,76% do reajuste tarifário deste ano. Do reajuste total, a parcela que cabe a atividade de distribuição de energia correspondeu a apenas 0,69%. Segundo a Enel, a compra de energia foi impactada pelos elevados custos de geração de energia no Brasil – uma vez que os reservatórios das hidrelétricas continuam baixos -, além da elevação do custo de energia da usina de Itaipu, em função do aumento da variação cambial. Já o aumento dos encargos setoriais deve-se a maiores despesas e subsídios embutidos na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) – fundo administrado pelo Governo para custear alguns subsídios às tarifas.
A empresa informou ao A VOZ DA CIDADE que as tarifas de energia são definidas pela Aneel com base em leis e regulamentos federais e contêm custos que não são de responsabilidade da Enel como: impostos, encargos setoriais, custos de geração e transmissão de energia. Estes valores são arrecadados pela distribuidora, por meio da tarifa de energia, e repassados às empresas de geração, transmissão e ao Governo Federal. “De uma conta de R$ 100, por exemplo, apenas R$ 22,8 são destinados à Enel Distribuição Rio para operação, expansão, manutenção da rede de energia e para remuneração dos investimentos”, citou a subsidiária da multinacional italiana Enel, que abrange 73% do território estadual, com cobertura de uma área de 32.188 km². “Apenas nos últimos dois anos, a empresa investiu cerca de R$ 1,8 bilhão. Esse investimento já contribuiu com a melhora do DEC (Duração de Interrupção por Unidade Consumidora) em 37% no período de dezembro de 2016 a dezembro de 2018. O FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) também melhorou 35% no mesmo período”, salienta a empresa.
CLIENTES RECLAMAM
Para os consumidores o reajuste é inoportuno, apesar de aprovado pela Aneel. “Eu vivo sofrendo com altos e baixos da conta de energia. Todo mês fico com a sensação que tem algo a mais. Não me agrada saber desse reajuste, até porque o salário não sobre na mesma proporção que as contas e isso no Brasil devia ser evitado”, argumenta Paulo Ricardo, morador de Porto Real. Em Resende, a dona de casa Maria Lúcia da Cunha, também criticou o aumento em vigor a partir desta sexta-feira. “É um absurdo pelo valor que já pagamos. Altos e baixos: nunca sabemos ao certo o que consumimos ao mês. Sou contra, tinha é que baixar, não subir”, afirma.
Com gastos mensais em torno de R$ 500, o industriário Rafael Barbosa, teme pelo que pode vir adiante. “Sem brincadeira? Todo mês fico com receio de receber a fatura da conta de energia. Em média, chega a quase R$ 500 numa casa de três quartos e sem ar-condicionado. Com esse reajuste vou ficar de sobreaviso para uma conta mais salgada no início de abril”, comenta o morador de Volta Redonda.
LIGHT
A Aneel também autorizou reajuste para a Light, responsável pela distribuição de energia elétrica para 3,8 milhões de unidades consumidoras (capital e outros 31 municípios). O reajuste médio será de 11,12%, com efeito médio de 10,20% para os consumidores em alta tensão, como as indústrias, e de 11,52% para os de baixa tensão. Segundo a Aneel, a justificativa é que a distribuidora teve em 2018 custos mais altos do que o previsto na tarifa para aquisição de energia.
SUL FLUMINENSE
A situação financeira do brasileiro segue em recuperação, apesar do fim da recessão em meados de 2018. Segundo dados do Indicador de Inadimplência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), ao menos 62,6 de brasileiros estão com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) negativado junto aos setores de proteção ao crédito. Em dezembro, mês com alto apelo para as compras o país teve alta de inadimplência de 4,41%.
E a inadimplência das pessoas físicas teve como destaque a dívida com os serviços de água e energia elétrica. As contas básicas com serviços essenciais para o funcionamento da residência, como água e luz, foram as que mais cresceram no período, um avanço de 14,88%. Já as dívidas bancárias, que englobam cartão de crédito, cheque especial, financiamentos e empréstimos, ficaram em segundo lugar no ranking, com crescimento de 6,81% na comparação anual. As dívidas contraídas no comércio e com boletos de telefonia, TV por assinatura e internet caíram -5,09% e -0,37%, respectivamente.
Para a economista Elaine Silvério, o endividamento das famílias após o período de crise pode ter contribuído para esta situação. “Pagar a conta de água e a de energia é primordial, assim como o aluguel para quem tem essa despesa fixa no planejamento mensal. Portanto, entendo que ficar negativado por estas despesas fixas mensais reflete o baixo poder aquisitivo das famílias, atrelado à falta de equilíbrios nos gastos”, comenta a profissional de Volta Redonda, orientando os endividados. “Quem está negativado deve tentar realizar acordo e quitar a dívida, o que geralmente acontece com algum desconto. Do contrário, opte em abrir parcelamento com valor que caiba no orçamento mensal, sem atrapalhar as outras contas”, comenta.
Em Itatiaia, a dona de casa Benedita Cavalcanti teve problemas com a fatura da conta de energia e ficou negativada no ano passado. “Eu e meu marido ficamos desempregados praticamente juntos, no meio do ano passado. Tivemos dificuldades em organizar as contas e a luz acabou sendo deixada em segundo plano por causa do aluguel. Felizmente, normalizamos tudo e espero um 2019 mais feliz”, comenta.
IDOSOS NEGATIVADOS
A estimativa por faixa etária revela que é entre os 30 e 39 anos que se observa a maior frequência de negativados. Em dezembro, mais da metade da população nesta faixa etária (52%) tinha o nome inscrito em alguma lista de devedores, somando um total de 17,8 milhões. Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, a proporção é de 32%.
Boa parte deles por ser credor ou ‘laranja’ em transações comerciais para familiares. “Meus filhos tem serviço de internet e telefonia assinados em meu nome. Deixaram atrasar diversas vezes e eu recebi carta do SPC/Serasa. Aí reclamo e pagam. É uma constante, mas qual família não tem isso? O povo não tem dinheiro”, conta a aposentada Iolanda Garcia, de Resende.
Numa operação que durou toda a manhã e tarde desta quinta-feira, dia 23, o Corpo de Bombeiros conseguiu retirar por volta 17h30min, um homem que estava no alto de uma torre de transmissão de energia elétrica, com mais de 40 metros de altura. Os moradores de Itatiaia chegaram a ficar mais de mais de dez horas sem energia elétrica. A interrupção também foi sentida pelos moradores do distrito Visconde de Mauá. Segundo os bombeiros, a energia precisou ser desligada ainda na noite de quarta-feira, dia 22, para que pudesse ser feito o resgate do homem.
A torre de transmissão fica no terreno da fábrica de pneus Michelin, que devido à falta de energia, dispensou os funcionários.
A Enel Distribuição Rio informou em nota que, “técnicos da companhia acompanharam o trabalho dos bombeiros para retirar uma pessoa que subiu em uma das torres de energia do local. A empresa ressaltou que o fornecimento de energia foi restabelecido ainda na quarta-feira, para 95% dos clientes que tiveram o serviço interrompido e por volta de 1 hora da manhã para o restante dos clientes afetados”.
O homem resgatado foi levado para o Hospital de Emergência de Resende; seu nome não foi divulgado.
PINHEIRAL
A Associação dos Aposentados e Pensionistas de Volta Redonda (AAP-VR) vai construir uma miniusina fotovoltaica em sua sede campestre, localizada no município de Pinheiral, próxima a RJ-141, segundo informou o presidente da instituição, Ubirajara Vaz, durante reunião com o prefeito de Pinheiral, Ednardo Barbosa, na quarta-feira, 18. O encontro que foi acompanhado pelo secretário de Governo e Administração, Estanislau Corrêa e pela equipe de Planejamento e Controladoria da AAP-VR, aconteceu na sede da Prefeitura de Pinheiral.
Segundo o prefeito, Ednardo Barbosa, o projeto pode incentivar o município a investir em alternativas energéticas. “Com certeza a implantação da usina de energia solar é uma boa notícia, que inclusive abre um campo, para que possamos fazer futuras parcerias para promover economia em setores públicos da cidade ao investir em novas formas para a eficiência energética de Pinheiral”, disse o prefeito. O presidente da AAP-VR, Ubirajara de Oliveira Vaz, comentou a parceria com o governo municipal local. “Fico feliz de o prefeito Ednardo Barbosa ter reafirmado a sua parceria com a AAP-VR, colocando-se a disposição para fomentar este empreendimento e qualquer outro que traga boas oportunidades ao município de Pinheiral”, disse.
O investimento total do projeto, que além da usina solar também engloba outras formas de fomento a eficiência energética, será de R$2,1 milhão. A construção da usina está a cargo do Grupo Riplan em parceria com a Vitalux Ecoenergia, com início previsto para o segundo semestre de 2018, que deverá estar produzindo energia até julho de 2019. O financiamento do projeto se dará com 25% de recursos da AAP-VR, sendo os 75% restantes pagos pela Light através de seu Programa de Eficiência Energética – PEE.
RADIAÇÃO SOLAR
Segundo o gerente de Planejamento e Controladoria da AAP-VR, Eduardo Ribeiro Vaz, o local escolhido apresenta excelente índice de radiação solar. “Está será a maior miniusina geradora do interior do estado, com uma capacidade instalada de 215 kwp. A usina ocupará uma área aproximada de 2.000 metros quadrados de placas solares instaladas, e ficará localizada as margens da rodovia Pinheiral-Vargem Alegre. O local, que é privilegiado por sua beleza, e ainda mostra grande vantagem na implantação de empreendimentos como este, por Pinheiral possuir um excelente índice de radiação solar”, disse Vaz.
Moradores do Ipiranga II em Resende reclamam dos serviços de água e energia elétrica no bairro
RESENDE.
Moradores do bairro Ipiranga estão insatisfeitos com os serviços prestados pelas concessionárias Água das Agulhas Negras, responsável pelo fornecimento de água, e a Enel, de energia elétrica. A redação do A VOZ DA CIDADE foi procurada por Ricardo Princisval, morador da Rua Angelina Monteiro Machado, situada na parte alta do bairro, chamada Ipiranga II. Ele reclamou, primeiramente, das interrupções do abastecimento de água. “A falta de água aqui na parte alta é constante. Esta semana piorou porque desde o dia 13 de maio, estamos sofrendo com a falta de água nas torneiras, principalmente durante o dia. No dia 15, eu entrei em contato com a empresa que enviou um funcionário que constatou o problema. Ele mexeu no registro sem sucesso. Depois que ele foi embora, a água voltou. Mas ficamos sem saber qual era o problema”, disse o morador.
Ontem, a redação voltou a entrar em contato com Ricardo que relatou que durante a noite tinha água em sua casa mas com a pressão muito baixa.
A concessionária Água das Agulhas Negras informou, por meio da Assessoria de Comunicação, que a interrupção do fornecimento de água no bairro Ipiranga II foi ocasionada pelo furto, no final de semana, de cabos da rede elétrica da elevatória, responsável por atender a parte alta do bairro. A empresa informou também que assim que o problema foi constatado, uma equipe realizou a manutenção emergencial do sistema elétrico para o restabelecimento do abastecimento.
A assessoria informou ainda que já na quarta-feira, dia 16, cerca de 90% das casas já possuíam o abastecimento normalizado. Nas residências onde ainda estavam com o fornecimento prejudicado seria devido ao problema de pressurização da rede, comum quando ocorre alguma interrupção, mas que também aos poucos seria normalizado.
FALTA DE ENERGIA
Outro problema enfrentado pelos moradores dos bairros Ipiranga I e II diz respeito às constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica. “Assim como a água, a falta de luz é quase que diário. Mesmo com tempo bom. Quando há ameaça de chuva então, é certo que vamos ficar sem luz. Precisamos retirar os aparelhos das tomadas para não corremos o perigo de perder um bem devido aos picos de luz”, explica Ricardo Princisval.
O morador disse que o problema já foi relatado a Enel que informou que não foi registrado nenhum problema de falta de luz no bairro. “Tem morador que já teve prejuízo de perder algum eletrodoméstico devido a esses picos diários. Mas fica sem poder tentar ser ressarcido pela empresa porque ela alega que não há nenhum registro de ocorrência do problema”, revela.
Essa resposta dada pela Enel aos moradores do bairro Ipiranga foi comprovada pela redação do A VOZ DA CIDADE que entrou em contato com a Assessoria de Comunicação e Mídia da empresa. “A Enel Distribuição Rio informa que não registrou interrupções que tenham afetado o bairro Ipiranga 2 no mês de maio. A empresa ressalta ainda que tem feito manutenções preventivas regulares em Resende e região”, resumiu a dizer em nota.