SUL FLUMINENSE
A empresa MRS logística divulgou um balanço de atropelamentos e abalroamentos na malha férrea em 2018. De acordo com os dados, os acidentes na região Sul Fluminense tiveram um aumento de 35,3%, em relação ao ano anterior (2017). O município que teve o maior registro de acidentes foi Barra do Piraí, com cinco ocorrências. Já a cidade com menos ocorrências foi Volta Redonda, que não teve nenhum registro. Já Paraíba do Sul, que no ano de 2017 registrou sete acidentes, em 2018 teve uma redução de 57,1% de ocorrências.
O estudo aponta a imprudência como a principal causa e o maior obstáculo para a formação de uma cultura de segurança perante a linha férrea. Os números de acidentes por município em 2018 são: Barra do Piraí (cinco); Três Rios (quatro); Paraíba do Sul (três); Pinheiral (três); Barra Mansa (dois); Vassouras (dois); Quatis (um); Mendes (um); Paulo de Frontin (um); e, Valença (um), totalizando 23 acidentes. Em 2017 foram registrados 17 acidentes.
Ainda de acordo com os dados divulgados pela MRS, nos últimos dois anos, 78% das ocorrências foram registradas em trecho corrido, nas malhas ferroviárias da empresa. “Em 30% desses casos houve envolvimento de pessoas alcoolizadas. Em relação aos abalroamentos registrados na malha da MRS, 48% são causados pela desatenção dos motoristas, sendo 85% condutores do sexo masculino”, disse a MRS.
NACIONAL
No balanço total feito pela MRS, foram registrados 101 atropelamentos ou abalroamentos nas linhas férreas sob concessão da empresa, exatamente o mesmo número se comparado ao ano de 2017. A cidade com o maior registro de acidentes é Juiz de Fora (MG), um dos municípios mais críticos com relação às ocorrências ferroviárias, com 13 acidentes, 13% a menos que no ano anterior. Na sequência, as cidades com mais ocorrências foram Barra do Piraí (RJ), Nova Iguaçu (RJ) e Congonhas (MG), todas com cinco acidentes registrados.
De acordo com o Gerente Geral de Segurança e Meio Ambiente da MRS, Washington Noé, a imprudência continua sendo a principal causa dos acidentes. “Apesar de todos os esforços de conscientização junto às pessoas que convivem com a ferrovia, os acidentes continuam sendo causados pelo comportamento inadequado de uma minoria de pessoas que ainda insistem em se arriscar nas proximidades da linha férrea. Estamos falando de imprudência, desatenção e falta de avaliação dos riscos na hora de atravessar a ferrovia.”, afirmou.
RELEMBRANDO ALGUNS CAOS
João Vítor Bernardino, 19 anos morreu na manhã do dia 20 de novembro de 2018, quando tentava atravessar a linha férrea em Barra Mansa, na Avenida Dário Aragão, na altura do bairro Estamparia. O jovem teria pulado uma composição que estava parada e foi atingido por outro trem que seguia em direção à Volta Redonda.
No mesmo ano, ainda em Barra Mansa, um homem de 42 anos morreu enquanto pegava carona pendurado no trem, o caso aconteceu em outubro. Em determinado momento do percurso, a vítima levou uma pancada fatal na cabeça, quando o trem passava ao lado de um poste, na altura do bairro Barbara.
Outro caso foi de abalroamento, um trem atingiu um carro na passagem de nível na altura do bairro Vila Nova. O veículo de passeio teve a parte traseira destruída pelo impacto, mas não houve feridos. Segundo o motorista do carro, ele não ouviu a buzina do trem a tempo de parar e quando notou já estava sobre a passagem de nível.