VOLTA REDONDA
Manutenção dos empregos do setor de transporte público diante da pandemia de Covid-19. Essa é uma preocupação do Sindicato dos Rodoviários de Volta Redonda e Região. Segundo o presidente José Gama, o Zequinha, a categoria já vem enfrentando uma série de prejuízos desde 2017 e que foi agravado com a pandemia. Ele lembrou que escolas fecharam e o número de passageiros reduziu drasticamente, impactando o setor.
O sindicato se manifestou diante da nota divulgada pelo Sindpass apontando um possível colapso do transporte rodoviário. “Entendemos que o cenário é dramático, mas também sabemos que pode haver saída. Há de, neste momento, falarmos a mesma linguagem e criarmos uma comissão para dialogar com o Poder Público, municipal, estadual e federal, e encontrarmos uma saída viável e que não prejudique os trabalhadores. Não podemos ser omissos e entendemos que a saúde financeira das empresas afeta os rodoviários”, disse Zequinha.
O reajuste da gasolina e do diesel já em vigor foi outro ponto que agravou ainda mais a situação. O presidente do sindicato destacou que já procurou o prefeito Antônio Francisco Neto para apresentar a situação da categoria e buscar medidas que possam dar um socorro às empresas com a garantia da empregabilidade. “A verdade é que sem existir empresa não há emprego e se, para defender os trabalhadores precisarmos discutir possibilidades para a melhoria da saúde financeira das empresas, que seja. Eu não vou e não posso me omitir nesse momento”, garantiu o sindicalista.
A nota do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SindPass) disse que se o sistema de transporte público entrar em colapso a população pode ficar desatendida e os trabalhadores sem emprego. O setor emprega cerca de oito mi, pessoas na região, citando ainda que o aumento do óleo diesel já passou de 27% neste ano. Destacou ainda que o preço das passagens está há quase quatro anos congelado em toda a região. “Existem ainda várias as gratuidades concedidas pelo Poder Público, todas elas sem fonte de custeio; o transporte clandestino, principalmente o “Uber Pirata”, cresceu absurdamente nos últimos tempos, sem que o Poder Público o combata ou regulamente”, diz trecho da nota, apontando ainda os impostos pagos pelo setor.
A nota diz ainda que o auxílio emergencial aumentou o tamanho do 13º salário, férias e outros benefícios dos trabalhadores das empresas. O SindPass pede medidas de socorro ao setor. “É preciso que o Poder Público, os rodoviários, as empresas e a população andem de mãos dadas, para que uma solução seja encontrada para uma das maiores crises que o setor e o país já viveram”, conclui a nota.