VOLTA REDONDA
A direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense recusou nesta semana uma proposta da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), durante reunião com representantes da empresa. Segundo o presidente do Sindicato, Silvio Campos, a Companhia informou que não pode pagar o Programa de Participação de Resultado (PPR) e propôs acertar os valores em forma de abono. Por isso, apresentou a proposta de 75% do salário-base do empregado, sem linha de corte ou teto, a ser pago em duas parcelas.
Campos lembrou que, diante da falta de reuniões com a comissão do PPR para definição dos critérios e metas, as negociações serão feitas diretamente com os representantes do Sindicato dos Metalúrgicos. “Qualquer proposta apresentada pela empresa será submetida a apreciação dos metalúrgicos, que deverão decidir se atendem aos seus anseios”, explicou o presidente, lembrando que o sindicato sabe que a proposta apresentada está muito aquém da expectativa de todos, diante do lucro exorbitante divulgado no balanço da empresa, recentemente. Destacou que por isso recusou em mesa o que foi apresentado.
Segundo ressaltou o presidente, em 2018, com lucro de R$ 112 milhões, a empresa pagou PPR de 1,5 salário aos trabalhadores. “Porque este ano, com lucro de mais de R$ 5 bilhões, quer pagar 0,75%? Indagou Campos, que classificou como absurda a proposta da empresa que, com um lucro recorde de mais de R$ 5 bilhões, não reconhecer o esforço dos seus funcionários, que são os verdadeiros responsáveis por esse resultado. “Vai encher os bolsos dos acionistas e esvaziar os dos trabalhadores. Não vamos aceitar migalhas”, concluiu o sindicalista.