Sem Spoiler – Halloween Ends

Por Carol Macedo

Chega ao final a trilogia que ressuscitou uma das franquias trashes mais amada do cinema! Mas será que encerrou bem? Vem ver o que eu achei!

Por Yuri Melo 

Nas mãos do diretor David Gordon Gren a franquia de terror slasher renasceu em 2018 com um filme que desconsiderava todas as continuações da franquia e só levava em consideração o primeiro filme. Uma jogada ousada, mas que deu muito certo e rendeu um filme muito bom, com isso resolveram fazer uma trilogia.

Essa trilogia de 4 filmes, porque se leva em conta o filme antigo, começou bem, teve um segundo filme ok, mas terminou muito mal, Halloween Ends é fraco, sem alma e completamente perdido. Tenta introduzir várias ideias, ideias que seriam até boas, mas são executadas de forma muito ruim.

Foto: Divulgação

Mas vamos começar do começo.

O começo do filme é bom, surpreendente e brutal, a trama quer passar que mesmo com a ausência de Michael Myers o mal tomou conta da cidade e com isso coisas bizarras e assustadoras acontecem de uma maneira “natural”. E basicamente isso é tudo que eu gostei do filme!

O diretor que nos outros filmes se mostrou capaz de trazer um ar novo sem perder a nostalgia, e também de justificar a trama do filme, nesse aqui parece completamente desnorteado. O filme perde completamente o senso de urgência por conta de um salto no tempo, um novo personagem crucial pra trama é apresentado só agora e a narrativa acompanha um romance que dá sono.

Basicamente todos os personagens são desinteressantes, tirando a “protagonista”, que aqui perdi muito esse papel, Laurie Strode vivida pela incrível Jamie Lee Curtis, essa personagem realmente é carismática e tem uma atuação muito boa, mas a direção opta por deixar ela em segunda plano enquanto a narrativa acompanha a neta dela e o novo crush.
A personagem de Jamie cabe o papel de recapitular os filmes anteriores, o que eu achei extremamente forçado e deselegante, a montagem mostra cenas dos outros filmes enquanto Laurie narra os acontecimentos com a desculpa que está escrevendo um livro, expositivo e desnecessário já que em uma continuação nós partimos da ideia que o expectador viu os outros longas. Além disse ela protagoniza a cena final que é de fato muito boa, mas poderia ser encaixada facilmente no final do filme anterior.

Foto: Divulgação 

Foto: Divulgação

 

 

 

 

 

 

Já o “casal” que a narrativa opta em acompanhar como principais é sem graça, o começo do romance é forçado, o desenvolvimento depende da burrice/ingenuidade/mão pesada do roteiro, para acontecer, tendo em vista que qualquer ser humano normal sairia correndo desse relacionamento em 5 minutos e o final desse caso é atropelado e não faz sentido.

Além de tudo isso ainda tem Jump Scare o tempo todo, de maneira apelativa e chata, com um som dos objetos mais alto que o normal que chega a incomodar, cada toque de telefone é um furo no tímpano.

Mas pra não dizer que tudo é espinho, as cenas de matança e violência tem invencionices bem legais e rendem alguns momentos que dá aquele nervoso sinistro, com muito sangue e dor.

Então se você gostava dos filmes de terror dos anos 80 e 90 que se baseavam em sustos e sangue, mas sem muita historia ou narrativa interessante, eu acredito que você possa até gostar desse filme. Porém pra mim é um filme totalmente esquecível e sem graça que encerra muito mal essa franquia que tinha voltado com tanta força.

Não valeu o preço do ingresso!

 

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