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Sem Spoiler – Besouro Azul

Por Carol Macedo
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Chegou o novo filme do Universo DC, mas será que é bom ou é só mais do mesmo? Vem ver o que eu achei, sem spoiler!

Por Yurio Melo

Besouro azul é um super herói da DC que ainda nunca tinha aparecido nesse novo universo DC, sendo o primeiro super herói latino ele chegou cheio de promessas, com um ar engraçadinho e um apelo aos países latinos (obviamente) por contar com um elenco em grande parte latino ou descendente, incluindo nossa musa Bruna Marquezine!
Mas infelizmente de boa intenção o inferno ta cheio né! E esse novo longa não passa disso, um projeto com boas intenções mas que é tão clichê que chega a irritar, mas vou elaborar mais minha opinião.

Vou começar falando do que foi o pior ponto pra mim, roteiro, de verdade se alguém me contasse que esse roteiro foi escrito pelo chat gpt eu acreditaria. O roteiro junto todos os clichês de filme de super herói e colocou todos juntos, sem surpreender em nada, nesse filme a gente vê os primeiros filme do Homem Aranha, tem cenas do Homem de ferro, um pouquinho de deadpool, ele pegou tudo que já existe e colocou no mesmo lugar, a sensação que dá é que é um filme novo mas que eu ja vi. E com isso o espectador fica muito a frente dos personagens do filme, ou seja, quando começa uma cena nós ja sabemos como ela termina, então ficamos ali sentados esperando os personagens chegarem lá, cansa demais!
Além disso esse filme reinventa o conceito de Deus exmachine ou de tirar solução da cartola, as soluções para os mocinhos surgem absolutamente do nada, é absurdo, exemplo: os mocinho precisam invadir uma instalação “super segura” do nado um personagem tem exatamente o que eles precisam, a mocinha está fugindo de tiros, o mocinho chega exatamente na hora de dar carona, e por ai vai. Isso mostra uma preguiça do roteiro de elaborar solução e conectar as coisas, tudo soa forçado e artificial, como pessoas comuns que sabem pilotar naves em formato de besouro ou vovó que sabe usar metralhadora como se não fosse nada mas precisa de ajuda pra se levantar. Acho que deu pra entender né hehehehehe.
E como se não pudesse piorar, o que são esses vilões? Eu mal consigo me lembrar o nome deles, não tem nenhuma motivação, são genéricos ao extremo, sem identidade nenhuma, apenas querem ser mal porque querem e ponto.

Ufa, desabafei! Tendo dito isso vamos para as outras partes!


A direção de Angel Manuel Soto é competente, pensando no roteiro que ele tinha nas mãos, acho até que ele fez muito, as cenas de ação são bem feitas e por mais que muitas sejam iguais de outros filmes elas são realizadas com muita maestria e algumas até inspiradas, como a cena do ônibus. O diretor conseguiu dosar bem o ritmo do filme, entre as cenas de ação e os momentos mais engraçados e emotivos, acho que ele forçou um pouco em tudo, tanto na graça quanto na emoção, as vezes parecia aquele humor de tiozão e as vezes parecia papo de coach pra te emocionar, mas até que passa bem. Além de ter consigo contar a historia com começo, meio e fim de maneira coerente, mas em alguns momentos ele escorregava muito, como no momento que os mocinhos precisam pegar uma chave em um prédio que está em alerta vermelho e eles simplesmente entram e saem sem ver ninguém, isso com certeza seria algo que a direção poderia opinar e mudar.

Foto: Divulgação

O arco do filme é desinteressante e cansativo, ele se torna muito previsível e em nenhum momento subverti isso, até tem um texto sobre família e esse é um dos melhores pontos do filme pra mim, toda a união da família Reys é muito bonita de ver e tem sua graça, até o terceiro ato, porque no terceiro ato eles estragam até a família! A narrativa fala sobre os imigrantes, diferença de classe, alpinismo social, mas nunca se aprofunda em nada, tudo fica só na superfície mesmo, infelizmente.

O que salva o filme? O carisma do Xolo, com certeza esse é o melhor ponto do filme, realmente ele ganha nossa atenção merecidamente. Ele é engraçado mas quando precisa ser mais dramático ele não deixa a peteca cair, com certeza vamos ver muito esse ator ainda! Mas falando em atuação, e a Bruna Marquezine? Na minha opinião ela interpreta ela mesmo, como sempre! Ela realmente se esforça muito e tem muita presença em cena, ainda mais com o roteiro que ela tinha, mas a atuação fica naquele lugar comum de interpretar ela mesmo, então não vi nada ruim mas também não vi nada espetacular, fico feliz de ver uma brasileira em uma produção desse tamanha e espero que tenhamos mais dela por lá.

Em resumo Besouro Azul é um filme novo mas que nós já vimos a exaustão! Tem tudo lá, herói que não aceita o “poder” mas depois aceita, beijo do casal interrompido, vilã que é vilã só porque sim, todos os clichês estão lá! Mas conta com um protagonista carismático, uma temática latina interessante, um visual bonito e uma execução competente!
Não valeu o preço do ingresso!

Foto: Divulgação

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