Domingo passado, em São Paulo, uma caminhada cultural comemorou os 125 anos do Tratado de Amizade Brasil – Japão. Partindo ao mesmo tempo de diferentes pontos e caminhando para o encontro final na Japan House, seis grupos ressaltaram os temas Artes, Atualidades, Cultura, Esportes, Gastronomia e Memórias.
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Pedro Henrique Gonçalves da Silva foi o personagem do tema Esportes. Ele fez o percurso acompanhado dos convidados jornalista Marcelo Duarte e os atletas, Fernando Kuroda, Thais Makino, Rogério Saito e Patricia Hamamoto. Pedro, mais conhecido como Pepê Gonçalves, é canoísta olímpico de slalom, um dos atletas de maior destaque do Brasil na atualidade e está classificado para os Jogos Olímpicos de Tóquio.
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O experiente Eric Alexander Klug, presidente da Japan House São Paulo e ex-gestor do Museu do Futebol, fez um gol de placa com essa simpática e original iniciativa. Afinal, o protocolo diplomático Brasil – Japão, de 5 de novembro de 1895, tornou-se perene e fraterna amizade desde 18 de junho de 1908 quando, trazendo a bordo os 781 primeiros imigrantes vindos da terra do sol nascente, o navio Kasato Maru anunciava sua chegada ao Porto de Santos.
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No futebol tem havido muitas relações de trocas entre brasileiros e japoneses. Embora não seja cenário de salários generoso, como ocorre na Europa e na China, em maio desse ano 48 jogadores brasileiros jogavam em clubes japoneses. Até como cartolas eles atuam por lá. É o caso do Arthur Antunes Coimbra. Zico é diretor técnico do Kashima Antlers.
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Os craques Wilson Leite, Jonilson, Robinho e Douglas Vieira também fazem parte desse câmbio de talentos. Wilson Leite, impecável ex-goleiro do Volta Redonda, hoje membro da sua comissão técnica permanente, trabalhou em Nagano coordenando importante projeto de futebol-escola para jovens japoneses.
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Com eles viajou boa parte do Brasil, ensinando segredos da arte do futebol. Jonilson, Robinho e Douglas, cada qual em sua posição no gramado, extraíram centenas de exclamações de surpresa e admiração dos educados torcedores japoneses.
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Em 2017, o atacante volta-redondense Douglas Vieira brilhou como implacável artilheiro do Verdy Tokyo no campeonato japonês, assinalando dezenas de gols. A meninada japonesa se sentia premiada em entrar no campo com ele. Sendo uma pista de mão dupla, japoneses também são contratados para atuar nos clubes brasileiros. Honda, ex-seleção do Japão, é jogador do Botafogo FR e tem contrato assinado até o próximo ano.
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O japonês Toshiya Tojo, mais conhecido como Toshi, ainda joga no Brasil. Já passou por Avaí, Inter de Lages e Portuguesa. Até pouco tempo, estava no Friburguense. Dirá o leitor que esqueci de falar do Hiroshi.
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Ao querido leitor agradeço a observação, mas lembro que esse jogador de potente chute de pé direito, tem o nome de Hiroshi mas não é japonês. Hiroshi gosta do apelido, mas foi batizado Josemar Guimarães no dia 20 de fevereiro de 1986. Lá em Madureira, no Rio.
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