Quando o árbitro Giulliano Bozzano marcou o pênalti, os 16.682 torcedores presentes no Estádio de São Januário fizeram um grande barulho. A maioria, de torcedores do Vasco da Gama, em delírio. A minoria, de torcedores do Sport Club de Recife, em protesto. Era a noite de 20 de maio de 2007, o jogo valia pelo Campeonato Brasileiro e certamente Romário bateria a penalidade.
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Com 999 gols assinalados, Romário estava na iminência de completar a raríssima façanha de marcar, naquela noite, mil gols em sua carreira. Um silêncio pesado, opressor, tomou conta do estádio. Romário converteu o pênalti em gol e houve uma explosão de emoção. Muitos choravam.
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Hoje em dia também presente nas regras do futsal, futebol de salão, futebol society e futebol aquático, o pênalti foi adicionado às regras do futebol de campo em 1891, ano em que república engatinhava e Floriano Peixoto – que morreu em Barra Mansa – foi vice e também presidente do Brasil.
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Nos primeiros pênaltis cobrados, a bola não precisava ficar na marca fixa que hoje conhecemos. O cobrador podia coloca-la em qualquer ponto da área, desde que ficasse a uma distância de 11 metros do gol. Nas regras do futebol, a 14 determina que o cobrador do pênalti deve estar devidamente identificado e deve chutar a bola para frente.
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Como também orienta que nesse momento, a bola estará em jogo e em condição de disputa por todos os jogadores, em 1957, na partida Bélgica x Islândia, aconteceu um fato novo. O belga Henri Coppens tocou a bola para frente para que seu companheiro André Piters completasse a jogada e fizesse o gol. Em 2005, na Inglaterra, Robert Pires e Thierry Henry repetiram a dose, mas se deram mal. Foram tão ridicularizados que ninguém mais quis correr esse tipo de risco.
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Na Copa América de 1999 o argentino Martín Palermo perdeu três pênaltis num único jogo contra a Colômbia. Na Copa do Mundo de 1994, a Seleção Brasileira se tornou tetracampeã mundial de futebol quando, na decisão, Roberto Baggio perdeu o pênalti que cobrou para a Itália.
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Se o cartão vermelho é a punição máxima para o atleta, o pênalti é a falta mais importante no futebol. No pênalti a bola fica a 11 metros da linha fatal do gol e a meta onde se posiciona o goleiro tem 7,32m de largura e 2,44m de altura. Com a pequena distância e a fartura de quase 18 metros quadrados à sua disposição, parece que o cobrador tem grande vantagem.
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Mas não é bem assim, porque existe a emoção do momento e a obrigação do cobrador marcar. Vicente Matheus, lendário cartola do Corinthians pelas frases pitorescas, certo dia falou: “o pênalti é uma faca de dois legumes! É um momento tão sério que deveria sempre ser batido pelo presidente do clube”. Por essa razão, nada de críticas às meninas da seleção feminina de futebol do Brasil, desclassificadas nos Jogos Olímpicos depois de uma diabólica decisão nos pênaltis.
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