Comentamos aqui, na semana passada, que atualmente 1.200 atletas brasileiros estão em atividade no exterior. Esse espantoso número é resultado de um estudo publicado mês passado pelo Observatório do Futebol do Centro Internacional de Estudos Esportivos que tem sede na Suíça
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O estudo também revela que o Brasil é a nação que mais exporta atletas no mundo. Agora é a Fifa que acaba de divulgar um relatório sobre as transferências internacionais no futebol masculino, no período 2011-2020. Rico em detalhes, é o estudo mais completo até hoje sobre transferências no mundo do futebol.
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Desde que começou, a atividade no mercado de transferência se tornou atraente e cada vez maior. Em 2011, ocorreram 11.890 transferências e, em 2019, 18.079 durante o ano. Nesse período, foram efetuadas 133.225 transferências e cessões internacionais e nelas investidas quase 49 bilhões de dólares.
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Demonstrando o peso e a importância do futebol na economia do planeta, 66.789 jogadores de futebol e 8.264 clubes de 200 associações ligadas à FIFA, estiveram envolvidos nas transferências. E os brasileiros, com 15.128, estão na parte mais alta do pódio na lista de jogadores destinados a clubes estrangeiros. É mais que o dobro de argentinos – em segundo lugar com 7.444 atletas e quase quatro vezes os 4.287 colombianos.
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A grana desse ótimo negócio para jogadores, empresários e clubes fica no velho continente. A lista dos 30 melhores clubes em termos de bônus de transferência é composta exclusivamente por europeus e suas federações: Doze na Inglaterra, cinco na Espanha e cinco Itália, três na Alemanha, duas na França e duas em Portugal e uma na Rússia.
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Os empresários dessas negociações podem pagar suas contas de luz com facilidade e sem reclamar. Afinal, se em 2011 receberam 131 milhões de dólares, a bagatela subiu 640 milhões em 2019. E, nesses nove anos, foram pagos a esses felizardos agentes o faz-me-rir de três bilhões e meio da mesma moeda que tem o apelido de Tio Sam.
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