Foto: cpb.org.br
Amarelinha, pula-pula, finca, roda-aro, eram algumas das centenas de brincadeiras das crianças de antigamente. Em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, com a mamona – hoje pouco vista nos cenários urbanos – se faziam animadas guerras de mamona. Uma delas transformou radicalmente a vida de Antônio Tenório.
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Praticante de judô desde os oito anos de idade, aos 13 ele brincava com os amigos quando uma semente de mamona atingiu seu olho esquerdo, deslocou sua retina e o deixou cego. Seis anos depois, o olho direito foi prejudicado por uma infecção e ele perdeu totalmente a visão. Um sofrimento duro de aguentar, mas ele se recompôs.
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Antônio Tenório tornou-se atleta paraolímpico na modalidade judô e foi se aperfeiçoando, passando a colecionar títulos. A primeira medalha de ouro conquistou em 1996, nos jogos de Atlanta. Em Pequim, em 2008, tornou-se o único judoca a conquistar quatro ouros consecutivos em paraolimpíadas. Em Tóquio, perto de fazer 51 anos em outubro, ele está certo de conquistar mais uma medalha.
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Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 começam hoje e terminam dia 5 de setembro, com as estreias do parabadminton e parataekwondo, modalidades nas quais o Vitor Gonçalves Tavares, medalha de ouro no Parapan-Americano em 2019 e Débora Menezes, segunda no ranking mundial, são os brasileiros mais experientes.
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Com 259 atletas, incluindo atletas-guia, calheiros, goleiros e timoneiro, o Brasil participa de 20 modalidades e muitas chances de medalhas no atletismo, bocha, esgrima de cadeira de rodas, futebol de cinco – onde todos são cegos com exceção do goleiro – ciclismo, judô, tênis de mesa e natação.
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A natação paraolímpica do Brasil é muito forte e já conquistou, ao todo, 102 medalhas na modalidade, sendo 32 de ouro, 34 de prata e 36 de bronze. Com 24 medalhas, Daniel Dias é o principal nome da natação brasileira paraolímpica e, novamente, estará na disputa por medalhas.
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A determinação e autoestima de Antônio Tenório e de todos os atletas paraolímpicos são exemplos que inspiram nossas reflexões diante dos desafios que enfrentamos e a forma como deles reclamamos.
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