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Foto: Divulgação/Internet
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Botafogo 0 x 0 Bonsucesso, Flamengo 1 x 1 Bangu, Fluminense 0 x 0 Campo Grande e Vasco 1 x 4 América. O leitor certamente deve estar se perguntando que placares anormais são esses? Respondo que, de fato, são resultados estranhos por se tratar de confrontos entre times considerados grandes e times considerados pequenos.
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Embora os times do América, Bonsucesso e Campo Grande não estejam nesses resultados, eles são verdadeiros e ocorreram na primeira rodada do campeonato carioca de 1974, quando Estado do Rio de Janeiro e Estado da Guanabara eram estados separados e a Ponte Rio-Niterói estava sendo inaugurada no mesmo ano.
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O campeonato carioca de 1974 começou em agosto e terminou em dezembro daquele ano. Os campeonatos Paulista, Mineiro e demais estaduais, em razão da Copa do Mundo de Futebol organizado pela Fifa e disputado nos meses de junho e julho, também foram empurrados para datas anormais aos seus calendários.
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Por causas bem menos nobres, os campeonatos estaduais brasileiros têm tido suas datas alteradas. E pior. Os times considerados grandes, prepotentes em relação à inferioridade técnica dos adversários considerados times pequenos, resolveram não dar bola para o início das competições e tiram proveito da situação nas mais diferentes formas.
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O Fluminense voltou das férias dia 8 de janeiro e começou o campeonato com os jovens da base. O Flamengo estreou com time reserva, enquanto o principal treina e faz amistosos nos Estados Unidos. O Vasco trocou de técnico que ainda não conhece bem seu elenco. O Botafogo estreou com o elenco em conflito por prêmios não pagos em suas conquistas do Brasileirão e Copa América.
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Como consequência dessa situação, no Rio de Janeiro os resultados de Maricá 2 x 1 Botafogo, Boa Vista 2 x 1 Flamengo, Fluminense 0 x 0 Sampaio Corrêa e Nova Iguaçu 1 x 1 Vasco da Gama ficam explicados. Assim como os resultados das sete equipes do andar de cima do futebol brasileiro que também não venceram na estreia dos seus estaduais.
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Mesmo sem consultar a opinião da Pitoniza do templo de Apolo, vejo o futuro do futebol mais próximo da capitalista Bolsa de Ações do que da emoção apaixonada das torcidas e da bola rolando nos verdejantes campos de grama. Grama? Natural ou sintética?
