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Rodrigo Drable lamenta decisão do MP contra reabertura do comércio

Por Franciele Aleixo
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BARRA MANSA

Em live no final da noite desta quinta-feira, o prefeito Rodrigo Drable mostrou-se surpreso com a decisão liminar do plantão judiciário do Ministério Público determinando que o município mantenha as medidas de restrição voltadas ao isolamento social e ao impedimento de aglomerações, a fim de prevenir o contágio e propagação do coronavírus (Covid-19) na cidade. A decisão, foi ajuizada tendo em vista declarações públicas do prefeito, nesta semana, anunciando que flexibilizaria as restrições, inclusive com reabertura de atividades comerciais não essenciais.

Na decisão, o Juízo do Plantão Judiciário ressalta que ‘considerando que não foram adotadas medidas suficientes para acolher no SUS esses casos mais graves, não se pode considerar razoável a flexibilização do regime de isolamento ou a adoção de medidas que incentivem aglomerações, tais como a retomada do comércio não essencial e cultos, devendo o Poder Público adotar medidas alternativas para salvaguarda a economia’. Diante dos fatos, determinou ao município a manutenção das medidas de restrições previstas nos decretos municipais e estaduais já editados.

Drable destaca que não foi notificado sobre a decisão e que vai analisar junto a procuradoria do município sobre os próximos passos a serem tomados. “Recebi a notícia pela imprensa sobre a decisão judicial. Nossa cidade está estruturada, preparamos tudo para garantir a saúde dos nossos moradores. A abertura seria de forma gradual, por isso montamos todo um cronograma de funcionamento, começo a me preocupar com a manutenção dos empregos e a vida financeira das pessoas. Barra Mansa fez o seu dever de casa, estamos bem administrados e estruturados”.

De acordo com o prefeito, a cidade tem 31 casos positivos confirmados, cinco pessoas internadas no Hospital Regional, seis internadas na Santa Casa, sendo duas entubados. No Centro de Tratamento recém-inaugurado, não há internações.   “Isso mostra que o quadro evolutivo está estável. Com ocupação pequena de leitos, estes são dados importantes a serem considerados. Em 28 de fevereiro tivemos o primeiro paciente confirmado do estado, e fomos à terceira cidade do Brasil. Não havíamos base alguma, hoje, já temos a Santa Casa, UPA Centro, postos dos bairros, todos estruturados. Montamos sistema de vacinação drive thru para evitar aglomerações e fechamos as entradas da cidade, tudo para preservar a saúde dos nossos moradores”, analisa.

Ele ainda acrescenta que em 16 de março houve a suspensão das aulas seguida do fechamento do comércio. “Quando parei o comércio, afirmei que precisava tirar o fluxo de pessoas nas ruas para evitar o fluxo de pessoas nas ruas e evitar aglomerações evitando assim a contaminação e a ascensão da curva. Precisava fechar o comércio para estruturar a saúde, o que foi feito”, aponta.

Abertura do comércio


Em sua fala, Rodrigo explica que a aberturado comercio aconteceria de forma gradual, estudada e com novos princípios de higiene, novos hábitos e regras para evitar que o contágio aconteça. “Avaliamos o quadro evolutivo da situação, os números falam por si só. Barra Mansa está a frente das outras cidades, pois fizemos o que precisava ser feito. Nos últimos dias tenho me reunido com entidades, lideranças, infectologistas, equipe da saúde, vigilância sanitária, para montarmos os procedimento para a volta das atividades comerciais seguindo algumas conceitos, o primeiro e o mais importante é que não poderíamos ter uma curva ascendente de casos positivos e a estruturação completa da saúde como está hoje”, cita.

De acordo com o novo decreto (9846) que seria publicado nesta sexta-feira, com validade a partir do próximo dia 28 o comércio dos bairros e aqueles localizados com pouca concentração de pessoas poderia funcionar das 9 às 18 horas. Já no centro, as lojas seriam identificadas pelas cores amarela e vermelha, funcionando no sistema de rodízio entre as 9 e as 14 horas e das 15 as 20 horas. “Além disso, as lojas precisariam de ter um funcionário higienizando as mãos dos clientes ao entrarem no local. Todos deverão usar máscaras pelo período que ficarem no interior do estabelecimento, respeitando o limite de um cliente por dez metros quadrados”, explica Rodrigo. Acessos a banheiros seriam restritos a funcionários e a utilização de bebedouros estaria proibida. Provar roupas também seria proibido.

Igrejas

Poderiam ser frequentadas limitando a utilização de 30% da capacidade local, todos de máscaras, e mantendo o distanciamento mínimo de dois metros e todos sentados. Higienização das mãos também é e uma exigência. Cultos e missas não deverão exceder 50 minutos de duração com desinfecção entre as celebrações. Maiores de 60 anos, pessoas com doenças crônicas e outras cormobidades, além de crianças, deverão ter eventos próprios. Microfones não pode ser compartilhados em hipótese alguma, assim como o contato físico.  Não é permitido ar condicionado, além da realização de ensaios e reuniões, proibido contato físico. Banheiros só podem ser utilizados caso haja alguém para desinfetados a cada uso.

Empresas de alimentação

Alimentação in loco ainda é um risco, estabelecimentos seguirão em forma de delivery e a retirada de alimento no local, sem self service.

“Lembrando que o desrespeito de qualquer norma, implica em suas penalidades, como multa. A manutenção, regressão ou a progressão do decreto estão condicionadas ao surgimento de novos casos. Se aumentar, cancela tudo e volta todo mundo pro isolamento”, finaliza Drable.

 

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